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Montagem BotafogoOficial |
O
Botafogo enfrenta o Fluminense hoje (19h30), no Maracanã, pela 34a. rodada do Brasileirão e não sabemos o que
pode acontecer, mesmo tendo levado vantagem sobre o adversário nos últimos jogos.
Com apenas 33 pontos e ocupando a 18a. posição, precisamos da vitória para deixar a zona de
rebaixamento mas o time não inspira confiança ao torcedor que, no Rio, já não comparece aos estádios. Para piorar a situação, temos que nos contentar com uma escalação
diferente a cada rodada.
Convivendo
com uma situação crônica de atraso de salários e desfalques seguidos desde que
o “quarteto fantástico” foi dispensado em ato descabido do ainda presidente
Assumpção, Mancini parece perdido em suas convicções. Ora tranca o time com
três volantes e mudanças inusitadas na zaga, ora escala três supostos atacantes
com a pretensão de sufocar os adversários de menor expressão.
Essa inconstância na
escalação e no plano tático tem trazido instabilidade
emocional ao grupo o que tira a chance de somar pontos em jogos considerados "fáceis". Basta levar um gol para a coisa desandar. Alternamos boas atuações como nos jogos contra Corinthians e
Flamengo em Manaus, com outras desastrosas nos últimos jogos contra Sport
e Atlético-PR, jogando em casa.
Desde
o afastamento de Edilson, Bolivar, Emerson Sheik e J. Cesar - os três primeiros,
desfalques importantes em setores chaves da equipe para os quais não tínhamos
reposição - o que se viu foram (com raras exceções) apresentações desastrosas, coletivamente, com atuações
individuais bisonhas de jogadores sem a mínima condição de vestir a camisa alvinegra.
Lembro de Dankler improvisado na lateral direita, R. Souto na zaga e do
lateral esquerdo da base que fez um jogo e sumiu. De Airton distribuindo
botinadas à frente da zaga até ser expulso, do experiente Junior Cesar cotovelando o adversário e deixando o time na mão, de Rogério se jogando na área em vez de tentar o gol ou de Mamute e
Murilo correndo feito loucos sem nenhuma efetividade lá na frente.
Nessa
fase de horrores, parecia que Ramirez ia engrenar depois de fazer um golaço contra a Chape mas foi mais um que sucumbiu demonstrando todo o seu desinteresse pela causa. O que dizer de Zeballos,
que tem boa técnica mas é totalmente desprovido de vontade e, por justa causa,
foi deixado de lado no começo da jornada. A quem recorrer?
Lembro
do esforço de recuperação de Wallyson que vinha sendo nossa melhor opção de
ataque e se machucou nos deixando quase sem chances de sair do buraco. E da insistência de Mancini com C. Alberto e
Jobson que não entram em forma nunca e se tornaram as decepções anunciadas.
Nem
os garotos da base que estão sendo modestamente utilizados, demonstraram força
bastante para mudar esse quadro – precisávamos de outro Vitinho que, ao lado do
professor Seedorf, se tornou rapidamente realidade. Hoje, só temos o Jefferson como extra-classe.
Vendo
a nossa escalação para a partida de hoje com as voltas de Bahia e Mattos e Sidney improvisado (Jefferson;
Régis, Dankler, André Bahia e Sidney; Marcelo Mattos, Andreazzi, Gabriel e
Carlos Alberto (Gegê); Murilo e Jobson) pergunto: - O que esperar de um time que nunca jogou junto? Será que dá?