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Repetindo o modelo do post anterior, hoje vamos no embalo do Reage meu Botafogo, composição de botafoguense Dom Elias na voz alvinegra de Leo Russo, que bem se presta ao clima de vitória neste sábado
Ricardo Gomes no treino do Botafogo no Estadio
Nilton Santos. Foto: Vitor Silva / SSPress
No último post, ressaltávamos o clima de mudanças que tomou conta do clube com a chegada de reforços e do novo treinador Ricardo Gomes. Clique no link e reveja a ansiedade que tomou conta da torcida depois do último jogo: Blog do Felipaodf: Não temos tempo a perder
Com o futebol de baixa qualidade apresentado pelo Botafogo no empate sem gol contra o Criciúma, quando o time desperdiçou a chance de colocar uma frente razoável de 4 pontos sobre o segundo colocado, a frustração da torcida veio à tona em forma de vaias, aumentando a desconfiança que já era grande em relação ao baixo desempenho da equipe nos últimos jogos.
Jair Ventura fazia a sua despedida como técnico interino e não foi bem em casa. Demorou a mexer no time e quase foi castigado com uma derrota que esteve perto de acontecer. Se não fosse o Jefferson, a vaca tinha ido pro brejo. Com mais uma atuação acima da média, o melhor goleiro do Brasil nos salvou de um desastre. O Paredão fez pelo menos três intervenções de alto nível, frustrando os adversários e garantindo, ao menos, o empate. Com a fraca atuação da noite, o desânimo tomou conta do torcedor, principalmente daqueles pouco mais de 4 mil abnegados que compareceram ao Nilton Santos.
A missão de Ricardo Gomes, que assumiu o comando no começo da semana e esteve no estádio acompanhando o jogo com cara de poucos amigos, é dar padrão de jogo à equipe, coisa que ainda não aconteceu na temporada. Para isso, terá que encontrar o equilíbrio na mescla entre os garotos vindos base com os cascudos do elenco - alguns esquecidos e desmotivados e outros incorporados recentemente. Os uruguaios Bazzalo e Navarro e os volantes Lindoso e Serginho já foram regularizados e estão à disposição. O mesmo acontece com Neilton que, dado a carência de boas opções ali na frente, deve arrumar uma vaga fácil no time daqui pra frente.
A semana é de ajustes e adaptação do time às concepções de Ricardo Gomes e dele ao clube. E isso, já a partir desse sábado quando o Alvinegro recebe o Luverdense (15o. colocado), no Estádio Nilton Santos, em jogo marcado para às 16h30, com promoção de ingressos.
Ricardo Gomes fez dois treinos com o grupo principal e resolveu não mexer na estrutura da equipe. Deu indícios que fará apenas uma modificação em relação ao time que entrou jogando na terça. Diego Jardel deve tomar o lugar de Gegê que foi muito mal e saiu vaiado de campo. Sem poder contar com Luis Ricardo, em tratamento de um estiramento na coxa esquerda, o garoto Diego deverá ser mantido na lateral direita. A dupla de zaga será a mesma, com Roger Carvalho ficando como opção. Diérson continua como 1o. volante ao lado de Arão. Na frente, Luis Henrique tem vaga garantida e Sassá tem mais uma chace de começar como titular, apesar da péssima exibição no último jogo.
A expectativa da torcida era por mudanças mais radicais. Pedia-se a entrada de Bazzalo (Diérson) e Lindoso (Otávio) pelo meio e Navarro (Sassá) como homem de referência lá na frente. Mas, experiente, Gomes preferiu optar pela cautela o que lhe da tempo de avaliar o elenco e o que já foi absorvido pelo grupo nesses primeiros dias de treinamento. Lulinha e Daniel Carvalho estão liberados pro jogo e aguardam no banco por novas oportunidades.
A julgar pela motivação pessoal do treinador, que mostrou um entusiasmo contagiante nas entrevistas após o treinamento, o grupo irá corresponder às expectativas em campo. Nessa altura do campeonato, até mais importante do que jogar bem, é a conquista dos três pontos. Se a vitória vier com um placar mais dilatado ou mesmo com jogadas de efeito, um tanto melhor pra elevar a autoestima da torcida que, apesar do time estar liderando a competição, continua desconfiada e cornetando com afinco.
Passadas 15 rodadas, o Botafogo lidera a competição com 29 pontos. São 8 vitórias, 5 empates e 2 derrotas o que dá um aproveitamento de 64.4% até aqui. É seguido na tabela por Vitória, América-MG e Náutico, todos com 27 pontos. Confira a posição de cada time e os próximos jogos na tabela completa: http://felipaodf.blogspot.com.br/p/carregando-tabela-do-brasileirao_21.html
Assim, o Glorioso deve entrar em campo com: Jefferson; Diego, Renan Fonseca, Diego Giaretta e Carleto; Dierson, Willian Arão, Diego Jardel e Octávio; Sassá e Luis Henrique.
Só quero saber do que pode dar certo, não tenho tempo a perder... (Torquato Neto e Sérgio Brito/Titãs)
Treino de ontem BotafogoOficial
No post do jogo contra o Criciúma, achávamos que o Jair Ventura, treinador interino do Botafogo, quisesse, do fundo de sua alma, uma vitória na despedida da sua curta passagem de três jogos como técnico alvinegro. Ainda mais jogando em casa, diante da torcida, onde poderia coroar seu começo de carreira em um clube de grande projeção. Seria fantástico uma segunda vitória que lhe garantiria um aproveitamento de 77% - 7 pontos em 9 possíveis - contra adversários de renome que tem as mesmas pretensões do Alvinegro na competição.
A vitória seria muito mais significativa diante dos resultados dos adversários na abertura da 15a. rodada, todos favoráveis ao Glorioso. Poderíamos ter colocado uma frente considerável de 4 pontos sobre o segundo colocado e adquirir a tão sonhada gordura a muito tempo esperada pela torcida. Seria o máximo para o time que ganharia a tranquilidade necessária para a sequência de jogos e para o próprio Jair depois de ter vencido o Náutico (1 a 0) em casa e empatado contra o Bahia fora (1 a 1), numa briga direta por posições no G-4. Mas, para decepção dos 5 mil torcedores (sempre os mesmos) que foram ao Niltão numa noite fria e chuvosa do inverno carioca, no horário mais inconveniente do calendário brasileiro, e dos outros milhares espalhados por todo o Brasil, a vitória não veio.
Faltou inspiração e estratégia de jogo, além do excessivo número de jogadores inexperientes na escalação (penso que a inclusão dos jovens deve ser feita com moderação, em doses homeopáticas para não matar o paciente e para uma melhor avaliação). O que havia sido um trunfo nos dois jogos anteriores, contra o Náutico e Bahia, foi um (quase) desastre contra o Criciúma. Com a presença de Diérson, Fernandes, Gegê e Octávio pelo meio, além de Luis Henrique lá na frente, o time cresceu em combatividade e mostrou uma certa agilidade na transição para o ataque com triangulação pelas laterais do campo e pelo meio poucas vezes vistas em outras jornadas - isso ficou mais nítido no jogo contra o Náutico quando jogamos em casa.
Porém, a ausência de Luis Ricardo pela direita foi determinante para as coisas desandarem contra o Tigre. Perdemos uma de nossas poucas armas que era a troca de passe pela direita em direção ao ataque (pela esquerda ela pouco existiu com Jean e Otávio ou Carleto e Sassá). Seu substituto, o jovem Diego, pareceu assustado com a oportunidade de sair jogando e, muito nervoso, errou tudo que tentou. Melhorou um pouco no segundo tempo mas aí as cãibras o impediram de ousar mais. Luis Ricardo, efetivado como titular depois da saída de Gilberto, estava no seu melhor momento desde que chegou ao clube e fez muita falta no jogo de terça como fará contra a Luverdense, no sábado. Nesses tempos de vacas magras, ele é um dos únicos jogadores do elenco que tem bom trato com a bola (o outro seria o D. Carvalho se estivesse em forma e o LH9, que tem demonstrado potencial nesse quesito quando tem espaço la na frente). Foi do lateral a jogada que originou o gol de Lulinha contra o Timbu numa bela trama de ataque, assim como a do gol contra o Tricolor da Boa Terra depois de uma bela articulação com Otávio, concluída com estilo pelo Luis Henrique dentro da área. Sem ele em campo, faltou qualidade na saída de bola e no passe, que foi um desastre nesse jogo.
E o Botafogo travou. Chegou a ser dominado no segundo tempo pelo aplicado time catarinense, muito bem orientado por Petkovic. Se não fosse o nosso Paredão, poderíamos ter amargado uma derrota com requintes de crueldade caso a cabeçada certeira de Fábio Ferreira não fosse defendida magistralmente por Jefferson, de novo, o melhor em campo.
A missão de Ricardo Gomes, que assume o comando e assistiu a exibição patética do time nas sociais do Niltão com cara de poucos amigos, é dar um padrão de jogo que esse time ainda não mostrou na temporada. Mesclar os garotos formados na base com os cascudos do elenco (alguns esquecidos ao relento e desmotivados) que saibam dosar as forças, orientar a garotada e ditar o ritmo de jogo, já com os novos contratados Bazzalo, Navarro, Lindoso, Serginho e Neilton que devem ser aproveitados imediatamente.
No jogo de terça, não havia nenhum jogador com essas qualidades em campo - os zagueiros não sabem sair jogando; Carleto tá caindo pelas tabelas; Arão parece estar fazendo corpo mole desde que resolveram antecipar a renovação de contrato (o Arão do tempo de René era muito mais interessante, inclusive aparecendo pra conclusão na pequena área). Sem Pimpão, que deixou o clube semana passada, ficamos órfãos de jogadores com condições de protagonizar uma jogada de ataque. Sassá, definitivamente, ainda não é opção para sair jogando. Resultado: mesmo em casa com o apoio da torcida, os garotos sentiram a pressão e produziram muito pouco.
Mas, disso tudo, o mais constrangedor foi ver a inércia de Jair Ventura a beira do campo, principalmente no início do segundo tempo quando o time estava sendo pressionado e por pouco não entregou a rapadura. O mundo desabando na sua frente e ele não se movia pra processar uma substituição sequer - única alternativa no momento, já que não conseguiu fazer o time melhorar de produção na base da conversa. Foi irritante ver sua passividade à beira do gramado olhando seguidamente para o relógio como tivesse programado substituições ditadas pelo tempo - lembrou o "professor" René, daí a nossa irritação. E tome vaias. Conheceu o outro lado da moeda da maneira mais cruel possível.
Poderia mexer em qualquer um do meio de campo, todos jogando abaixo das possibilidades ou mesmo em Sassá - jogador de uma inutilidade gritante quando entra como titular. Nem tentar a inversão de posições entre os atacantes pelo lado, que em outras oportunidades era feito com bom resultado com Pimpão, Jair ordenou. Demorou muito a mexer e mostrou uma insegurança inadmissível pra quem conhece o elenco a muito tempo. Sem Lulinha e Daniel Carvalho, teve que apelar pra Jardel, que voltava depois de longo tempo de recuperação e Fernandes que, a muito tempo, não mostra nenhuma consistência em suas atuações.
O panorama continuou o mesmo até a entrada tardia do uruguaio Navarro que impressionou pela disposição. Escolha acertada mas não no lugar do Luis Henrique, que poderia ser deslocado mais para a esquerda. Deveria entrar no lugar do sempre atrapalhado Sassá e pronto. Com poucos minutos de jogo o estreante mostrou para o que veio. Participou de duas belas jogadas na área e na última delas, quase marca num chute forte ao gol. Seria a consagração do uruguaio que deve arrumar uma vaga rapidinho nesse ataque.
A semana é de ajustes e adaptação do time às concepções de Ricardo Gomes e dele ao clube. Vamos aguardar os treinamentos e torcer para que esse clima de mudança mexa com o grupo, produzindo os resultados esperados pela torcida. E isso, já neste sábado quando o Botafogo recebe o Luverdense no Estádio Nilton Santos, às 16h30, com promoção de ingressos, pra não ter que se preocupar com quem será o segundo colocado.
Não sei você, torcedor alvinegro, mas eu estou ansioso pra ver o duelo entre o zagueiro Fábio Ferreira e o artilheiro Luis Henrique nesse jogo
Luis Henrique marcou após 4 jogos em branco (Foto: Felipe Oliveira/AGIF/Lancepress!)
Depois de fazer um jogo emocionante contra o Bahia na Fonte Nova no último sábado pela 14a. rodada, quando abriu o placar ainda no primeiro tempo e cedeu o empate no segundo, o Botafogo volta a campo nesta terça-feira, às 21h50, jogando diante de sua torcida no Estádio Nilton Santos, para enfrentar o Criciúma, time treinado pelo sérvio Petkovic.
Com o empate em Salvador e a combinação de resultados, o Alvinegro manteve a liderança isolada do campeonato com 28 pontos somados. O Vitória, que enfrentou o Náutico e chegou a ameaçar essa posição ao começar vencendo por 1 a 0 e no final levou a virada (1 a 2), ocupa a 2a. posição, com 27 pontos seguido pelo próprio Náutico em 3o., com a mesma pontuação. Com a derrota, o Vitória permaneceu com 26 pontos e caiu pra 4a. posição.
Para enfrentar o tricolor da boa terra, o Fogão armou um ferrolho defensivo e se saiu bem ao conseguir um bom resultado fora de casa contra um concorrente direto na competição. Veja no nosso post de pré-jogo os motivos que levaram o técnico alvinegro a congestionar o meio de campo e usar a estratégia dos contra-golpes contra os baianos: Blog do Felipaodf: Botafogo arma ferrolho para enfrentar o Bahia em Salvador Ao montar o time para esse jogo, Jair Ventura manteve suas convicções e privilegiou, de novo, a garotada. Repetiu o time que havia vencido com propriedade o Náutico, com Jean no lugar de Carleto que estava suspenso e a entrada do titular Willian Arão que retornava de suspensão. Sem poder contar com Rodrigo Pimpão que deixou o clube, o treinador optou por congestionar o meio de campo ao invés de entrar com Lulinha ou Sassá na posição. Apesar de levar um certo sufoco em boa parte do 1o. tempo, quando Jefferson teve que trabalhar além do esperado, a estratégia acabou dando certo e saímos na frente no placar. Numa boa avançada do lateral Luis Ricardo, o jogador tabelou com Otávio e recebeu a devolução já dentro da área. Serviu ao Luis Henrique que, com estilo, completou pro gol, aos 28'/1°T (0-1), depois de quatro rodadas sem marcar. O time baiano sentiu o golpe e os mais de 30 mil torcedores que compareceram ao estádio começaram a duvidar da vitória que cantavam antes do jogo. Fomos para o intervalo com a vitória parcial. Louva-se aqui a boa presença de alvinegros no estádio que fizeram frente à massa tricolor. Na volta para o 2o. tempo, o Bahia retornou com tudo empurrado por seus torcedores e o temido empate veio muito cedo, aos seis minutos, com o baixinho Kieza escorando de cabeça um cruzamento que veio da esquerda. Falha do zagueirão Renan Fonseca que, no meio da área, não saiu do chão e ficou só olhando e da dupla Jean e Otávio que chegaram atrasados no lance que originou o cruzamento de Adriano. Não satisfeitas com o empate, as duas equipes ainda criaram várias chances, principalmente após as substituições promovidas por seus técnicos.
Jair Ventura trocou Gegê e Octávio que estavam cansados por Daniel Carvalho e Lulinha (um torcedor na TL mandou essa: sai GG e entra o XXG referindo-se ao D. Carvalho). Já Sérgio Soares promoveu três substituições buscando reforçar o setor de ataque. Pelo lado alvinegro, Lulinha entrou bem e teve a chance de ouro pra matar o jogo. Errou uma cabeçada de dentro da pequena área e o placar de 1 a 1 foi mantido até o final da partida.
Torcida alvinegra compareceu em bom número à Fonte Nova e saiu satisfeita com o resultado. Roberto Botafogo de Brasília e esposa foram o destaque.
Para o confronto contra o Criciúma - jogo de despedida de Jair Ventura como interino já que que Ricardo Gomes assume contra a Luverdense -, o técnico espera encerrar de forma invicta essa passagem como treinador do time principal após a bela vitória sobre o Náutico e empate justo com o Bahia. O time catarinense ocupa o 10o. lugar na tabela, com 19 pontos, e vem de uma boa sequência no campeonato com 2 vitórias e 3 empates nos últimos 5 jogos.
Estou ansioso pra ver o duelo entre o zagueiro Fábio Ferreira e o artilheiro Luis Henrique já que a provável formação do Criciúma prevê a volta do zagueiro: Luiz; Maicon Silva, Fábio Ferreira, Wanderson, Guilherme Santos; Wellington, Marcão, Natan; Neto Baiano, Lucca e Paulo Sérgio.
Como de costume, Jair Ventura não revelou a equipe. Ele terá a disposição o lateral-esquerdo Carleto que cumpriu suspensão, e o zagueiro Roger Carvalho, recuperado de lesão. Por outro lado, Lulinha fica de fora por cumprir suspensão automática. Mas o time não deve fugir muito da base que ele vem utilizando nos últimos jogos formando com: Jefferson, Luis Ricardo, Renan Fonseca, Diego Giaretta e Carleto; Dierson, Willian Arão, Fernandes, Gegê e Octavio; Luis Henrique, com chances para Sassá sair jogando nas vagas de do Otávio ou Gegê, tornando o time mais ofensivo.
Boa sorte Fogão e vamos pro jogo esperando que a torcida carioca atenda ao chamado de apoio feito pelos jogadores para que compareça ao Niltão.