sábado, 27 de fevereiro de 2016

Botafogo bate o Tricolor com nó tático de Ricardo Gomes. Amanhã tem mais.




Gegê abriu o placar contra o Fluminense
aos 10'/1o.Tempo
O Botafogo atropelou o Fluminense no primeiro clássico do Alvinegro no Carioca. O placar de 2 a 0 construído ainda no 1º tempo foi modesto diante da superioridade demonstrada pelos comandados de Ricardo Gomes, principalmente na etapa inicial.


O treinador Alvinegro inovou na escalação ao mandar à campo a dupla de atacantes Ribamar (20 anos) e Luis Henrique (19 anos), dois jovens promissores oriundos da base e o fato parece ter surpreendido a equipe das Laranjeiras. O resultado adverso e a falta de reação do time tricolor no jogo, assim como na competição como um todo, motivaram a demissão do técnico Eduardo Batista ainda no vestiário do estádio Kleber Andrade, em Cariacica-ES, onde foi disputado o jogo.


Mantendo o tripé de volantes testado e aprovado no jogo anterior, contra a Cabofriense, e lançando uma dupla de zaga formada por Joel Carli e Emerson da base - até então, inédita na temporada -, o treinador botafoguense acertou a mão na escalação levando-se em conta o excelente desempenho da equipe nesse jogo quando todos esperavam um fracasso homérico dado às circunstâncias adversas que acompanham o clube da Estrela Solitária desde a crise instalada com a queda para a Série B do Brasileirão na temporada de 2014.


Foi a melhor exibição do time de General Severiano na temporada, o que serviu para amenizar a angústia do torcedor botafoguense que andava (e ainda anda) muito desconfiado da capacidade desse grupo formado no começo do ano. Mesmo com as cinco vitórias consecutivas nos cinco jogos disputados no Campeonato Carioca, o que lhe conferia a liderança isolada do Grupo B com cinco pontos de frente sobre o 2o. colocado - o Flamengo, o time não havia conquistado a torcida em razão do fraco desempenho técnico apresentado até aqui. Já os tricolores, continuam estacionados no quarto lugar do Grupo A com apenas sete pontos, ainda na zona de classificação.


Veja o que escrevemos no post de pré-jogo: Botafogo encara o seu 1o. Clássico no Carioca em b...


Precisávamos de um clássico para melhor avaliarmos o potencial do grupo e ele veio com uma vitória sensacional sobre um rival até então, super credenciado pela força de seu elenco. Apesar de ter perdido o FlaFlu disputado em Brasília por 2 a 1 no fim de semana passado, o tricolor era tido como o clube que melhor investiu em reforços no Rio para essa temporada. Já contando com uma base forte formada por Diego Cavalieri, Pierre, Cícero e Fred, o grupo foi supostamente qualificado com as chegadas do zagueiro Henrique e do meia-atacante Diego Souza. Conta ainda com jovens já consagrados como Gustavo Scarpa e Gerson que retornou ao clube por empréstimo depois de ser negociado para o Roma, da Itália. Finalizando, o Fluminense era o favorito para o clássico mesmo fazendo uma campanha claudicante na competição.


O Botafogo, ao contrário, era tido como o patinho feio entre os grandes pela sua baixa capacidade de investimentos do clube. Foi obrigado a remodelar radicalmente o seu elenco apostando, num primeiro momento, em gringos desconhecidos vindos do mercosul. Dos titulares da campanha vitoriosa do ano passado, restaram Jefferson, Luis Ricardo, Renan Fonseca, Lindoso e Neilton - uma espinha dorsal que ficou bem aquém do ideal. A ela se juntaram os gringos Lizio, Gervásio e Carli onde, por enquanto, apenas o zagueiro demonstrou condições de assumir uma vaga no time titular. O novo Xerife tomou conta da área no clássico e colocou a catimbeiro Fred no bolso, sendo considerado pela torcida como um dos grandes destaques da partida. E ainda, Airton, um (quase) ex-jogador recuperado por Gomes que já estava no clube ano passado mas não havia sido aproveitado pelo treinador; Diogo Barbosa, que era reserva no rebaixado Goiás em 2015 e vem dando conta do recado na lateral-esquerda como titular (foi muito preciso contra o Flu e fez uma boa partida); Bruno Silva, que mostrou personalidade para ganhar a vaga de titular com apenas três jogos completados na temporada; e os garotos que já estavam no grupo como Gegê e Luis Henrique e os que subiram nessa temporada, como foi o caso do atacante Ribamar. Recentemente, chegou o meia-atacante Salgueiro, jogador argentino experimentado nas disputas de Libertadores que, com o tempo e entrosamento, deve assumir a posição de titular jogando pelo meio. Tudo isso para dizer que o Botafogo ainda tem um elenco muito abaixo dos anseios de sua torcida e ainda insuficiente para encarar as competições nacionais. É inferior tecnicamente inclusive ao rival a quem venceu com facilidade na última quarta-feira.


Mesmo com a chegada de Salgueiro, ainda nos falta um meia para ser titular absoluto; um lateral-esquerdo experiente para brigar pela posição e; um centro-avante cascudo para colocar a bola pra dentro e revezar com os garotos Riba e L. Henrique, que são promissores mas ainda inexperientes pra aguentarem o tranco de uma Série A. Se é assim, méritos totais para Ricardo Gomes que, apesar de ser um dos mais cornetado do grupo (já na escalação a galera cai em cima nas redes sociais), vai conhecendo os jogadores e montando um time, no mínimo organizado e aguerrido, praticamente do zero e que ontem deu sinais, pela 1a. vez na competição, que pode jogar futebol - e justamente quando mais precisávamos. Ganhar um clássico é sempre bom: alivia o sofrimento da torcida e dá confiança aos jogadores. Só não pode trazer tranquilidade aos nossos dirigentes achando que podem retardar as contratações.


Ribamar marcou o seu 1o. gol no 
campeonato, aos 23'/1o.Tempo 
O Botafogo dominou todo o primeiro tempo. Mais organizados em campo, o Alvinegro abriu o placar com um gol de Gegê, aos 10' de jogo. Treze minutos depois, foi a vez do jovem Ribamar marcar o seu primeiro gol como profissional (23'), o segundo da equipe de General Severiano. Na etapa final, o Fluminense veio com algumas modificações, teve mais posse de bola, mas pouco incomodou o goleiro Jefferson. Com boa marcação, os botafoguenses administraram o resultado e saíram com uma merecida vitória no final.


Para entender como o time do Botafogo se comportou taticamente nesse jogo, veja a análise do perfil botafoguense @FogoTatico em https://fogotatico.wordpress.com/2016/02/26/2345meia78/ …


O próximo compromisso, de novo em São Januário, é contra o Vasco, dono da cas e líder do Grupo A com 17 pontos. Com os dois times classificados para a próxima fase, espera-se um jogo mais solto e descompromissado, possivelmente com muitos gols. Vamos aguardar a escalação e ver no que vai dar.


Por @felipaodf/Botafogodeprimeira.com

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Botafogo encara o seu 1o. Clássico no Carioca em busca de afirmação




Montagem do MeuBilhete
O Botafogo desembarcou em Vitória-ES onde encara Fluminense na noite desta quarta-feira, em partida válida pela 6a. rodada do Campeonato Carioca. É o primeiro clássico do Alvinegro na temporada. 


O Tricolor vem de uma derrota por 2 a 1 no FlaFlu disputado em Brasília e ainda luta por uma melhor colocação no Grupo A que lhe garanta a classificação para a próxima fase da competição. Atualmente é o 4o. colocado, com 7 pontos, atrás de Vasco (15), Boavista (11) e Bangu (9). 


Já o Botafogo, defende a liderança do Grupo B com 100% de aproveitamento. Foram cinco jogos e cinco vitórias do Alvinegro na competição, totalizando 15 pontos ganhos. Pelo regulamento, apenas os quatro primeiros colocados de cada grupo avançam para a segunda fase e seguem na luta pelo título. Os demais, brigam entre si para se livrarem do fantasma do rebaixamento.




Ilustração de Renato Peters
no Blog Quatro Linhas/GE
O jogo está programado para o Estádio Kleber Andrade, em Cariacica, com início programado para às 21:45 hs e transmissão pela TV aberta. Com os estádios Nilton Santos e Maracanã indisponíveis temporariamente por conta das Olimpíadas, o Clássico Vovô foi transferido para a cidade capixaba onde as duas equipes contam com um grande número de torcedores.


Mesmo com as cinco vitórias consecutivas sobre os chamados "pequenos", o Glorioso ainda não convenceu sua torcida que continua preocupada com o baixo rendimento técnico em campo. Isso, já pensando na dureza das competições nacionais - Brasileirão e CdoB - onde os adversários são bem mais categorizados do que os encontrados até agora. No momento, os clássicos estaduais contra Flu e Vasco na sequência, e os que se seguirão na 2a. fase da competição, serão os balizadores do potencial desse grupo para a sequência da temporada. 


Tabela atualizada do Grupo B do Carioca
No jogo de estreia contra o Bangu, o time mostrou uma certa organização em campo e não encontrou dificuldades para vencer por 2 a 0. 


Já no segundo jogo, contra a Portuguesa, a equipe não se houve bem. Apresentou os mesmos erros do amistoso contra a Desportiva-ES e tomou o gol de empate em cruzamento sobre a área, depois de ter saído na frente com um gol de Gegê. A equipe só confirmou a vitória (2 a 1) no finalzinho do jogo com um gol do estreante Lizio que veio do banco. 




Após o carnaval, mais uma péssima exibição. Era o terceiro compromisso na competição, contra o Macaé, time que ainda não havia pontuado e segurava a lanterna. No final, tivemos que contar com a estrela de Jefferson pra garantir o resultado. Mesmo com a vitória magra por 1 a 0 - gol de Gervasio Nuñez convertendo pênalti sofrido por Gegê aos 3' de jogo -, o sentimento de desconfiança da torcida em relação ao grupo aumentou. Em razão do forte calor em São Januário, os gringos saíram pro intervalo com a língua de fora e Lizio, o mais debilitado, nem voltou pro segundo tempo. 




Aproveitamento na atual temporada
Na semana retrasada, mesmo vencendo o time do Resende em Volta Redonda por 1 a 0, a história se repetiu. O gol único da partida saiu ainda no 1o. tempo (12') numa cabeçada de Luis Henrique que desencantou depois de três meses sem marcar. Como em outras ocasiões nesse Carioca, o Botafogo não manteve o ritmo de jogo após sair na frente no placar e dessa vez, além de Jefferson, tivemos que contar com as traves pra garantir a vitória.


No quinto compromisso, às vésperas da semana dos Clássicos, Ricardo Gomes inovou na escalação ao montar um tripé de volantes à frente da zaga numa tentativa de dar mais consistência ao setor e ganhar poder de articulação na transição do meio para o ataque.


Veja o que escrevemos no post de tré-jogo: Blog do Felipaodf: Com um falso ferrolho armado por Gomes, Bota vai e...


Em parte, a experiência do falso ferrolho deu certo mas Luis Henrique continuou muito isolado lá na frente. Tivemos uma boa posse de bola, algumas boas chances de arremates, mas ainda faltou uma melhor articulação entre as linhas.


Voltamos pro 2o. tempo com Ribamar no lugar de "Yaca" e a produção do ataque melhorou bastante. Ficamos mais agudos e sofremos menos contra-ataques. Apesar das dificuldades em alguns momentos, o resultado de 2 a 1 foi justo, até porquê o time perseguiu a vitória desde o primeiro minuto. O gol da vitória só saiu no finalzinho marcado por Neilton, de pênalti, aos 45 minutos do segundo tempo. Era a sua primeira partida no campeonato - jogou cerca de 30 minutos como estava programado. Antes, Luis Henrique abriu o placar aos 21'/1o.T para o Bota depois de perder algumas boas chances diante do goleiro Andrey e Charles Chad, num belo chute, marcou aos 25'/1o.T para a Cabofriense. O time comandado por Húngaro fez um bom primeiro tempo mas pecou na tentativa de segurar o empate no segundo.



Infográfico da Gazeta Esportiva

Com 100% de aproveitamento na competição - cinco vitórias em cinco jogos -, o Bota lidera o seu Grupo com 15 pontos, cinco à frente do 2o. colocado, o Flamengo que não colou em ninguém, diferentemente do que escreveram na Imprensa. 


Para o jogo desta quarta
, Ricardo Gomes não vai poder contar com Renan Fonseca que sentiu um desconforto na coxa e ficou no Rio, em recuperação. Em seu lugar entra o argentino Joel Carli. 



Neilton, que jogou 30 minutos contra a Cabofriense e deu outra movimentação ao ataque, está à disposição de Gomes mas deve começar no banco, assim como o meia-atacante Salgueiro que teve seu registro confirmado na noite de ontem e tem grandes chances de estrear. 


Depois de perder a posição no time titular por deficiência física e técnica, o meia Lizio volta a ser relacionado e também tem chances de entrar no decorrer da partida. 


Sem confirmar o time que entra em campo, RG deve repetir a última formação com uma única modificação: a entrada de Carli na zaga formando dupla com o jovem Emerson, apesar da torcida preferir que fosse ao lado do seu xará Emerson Silva, mais experiente e preparado pra enfrentar o ataque catimbeiro do Tricolor. Vamos ver no que isso vai dar. O treinador ainda pode escolher a segunda opção.


FICHA TÉCNICA DO JOGO:


BOTAFOGO X FLUMINENSE

Local: Estádio Kleber Andrade, em Cariacica (ES)
Data: 24 de fevereiro de 2016 (Quarta-feira)
Horário: 21h45 (de Brasília)
Árbitro: Grazianni Maciel Rocha (RJ)
Assistentes: Luiz Claudio Regazone (RJ) e Diogo Carvalho Silva (RJ)

BOTAFOGO: Jefferson, Luis Ricardo, Joel Carli, Emerson (Emerson Silva) e Diogo Barbosa; Aírton, Bruno Silva, Rodrigo Lindoso e Gegê; Gervásio Núñez e Luis Henrique
Técnico: Ricardo Gomes

FLUMINENSE: Diego Cavalieri, Wellington Silva, Henrique, Renato Chaves e Gustavo Scarpa; Pierre, Douglas, Cícero e Diego Souza; Osvaldo e Fred
Técnico: Eduardo Baptista


VEJA O JOGO COM A GENTE:


domingo, 21 de fevereiro de 2016

Recuperado, Neilton entra e garante vitória do Botafogo contra Cabofriense


Atacante sofreu lesão em janeiro e voltou neste domingo para marcar gol decisivo, de pênalti, no fim do jogo. Charles Chad descontou com um golaço: 2 a 1



O Botafogo sofreu, mas venceu a Cabofriense por 2 a 1, neste domingo, em São Januário, com pênalti no último minuto e boa atuação de quatro jovens. Especialmente de Neilton. O jogador, enfim recuperado de lesão sofrida em janeiro, entrou na etapa final e decidiu a partida em cobrança de pênalti, aos 45 da etapa final. Além dele, Luís Henrique, Gegê e Ribamar infernizaram o goleiro Audrey, que fez ótimas defesas. Na Cabofriense, destaque também para Charles Chad, que marcou um golaço para empatar no primeiro tempo. Com o resultado, o Botafogo fica muito perto de garantir matematicamente sua classificação.

Líder isolado do Grupo B, o Botafogo ficou muito perto de garantir matematicamente a sua classificação com a vitória neste domingo. O próximo compromisso, porém, é complicado: o clássico contra o Fluminense, na quarta-feira, no Espírito Santo. No mesmo dia, a Cabofriense, sexta colocada no Grupo A, pega o Flamengo no Moacyrzão. A partida teve 2.398 pagantes (2.772 presentes) e renda de R$ 35.475,00.

Neilton retornou após período parado por lesão e decidiu partida para o Bota (Foto: Foto: Márcio Alves / Agência O Globo)

O jogo começou com boa movimentação, e o Botafogo teve a iniciativa ofensiva. A Cabofriense respondeu com chute de longa distância de Carlinhos. Aos 17, Gegê entrou bem na área e por pouco não abriu o placar. A resposta foi à altura, três minutos depois, quando Charles Chad fez Jefferson mostrar porque é goleiro de seleção brasileira. Mas no minuto seguinte, em velocidade, Luís Henrique sobrou livre no ataque e não perdoou. Nada que desanimasse Charles Chad. Aos 24, ele disparou um pertado no ângulo do goleiro alvinegro: 1 a 1.

O Botafogo voltou para a etapa final com Ribamar no lugar de Yaca, e disposto a recuperar a vantagem no placar. Com menos de dois minutos, Luís Henrique perdeu duelo direto com Audrey. Os alvinegros insistiram com Gegê e Luís Henrique, ajudado por Ribamar, que deu melhor movimentação ao ataque. Ricardo Gomes, porém, sacou Gegê para a entrada de Neilton - que retornou após lesão sofrida em janeiro - aos 22 minutos. O ritmo caiu. Mas as oportunidades voltariam a surgir, como aos 37, quando Neilton fez boa jogada e Luís Henrique perdeu grande chance. No último minuto, Neilton bateu para o gol e a bola bateu no braço de defensor da Cabofriense. Ele mesmo cobrou e selou a vitória: 2 a 1.

Por GloboEsporte.com/Rio de Janeiro/GE