Na última terça-feira, o Botafogo recebeu o time do Oeste no Nilton Santos e não passou de um empate em 1 a 1, conseguido no apagar das luzes (44'/2o.T). Uma decepção para o torcedor que compareceu ao estádio em uma noite especial em que o nosso capitão Jefferson completava 400 jogos com a camisa alvinegra. Pena que a festa armada pela torcida e as ações promovidas pela diretoria com a entrega de um quadro comemorativo recebido pelo homenageado das mãos santas do goleiro Wagner - campão de 95, ficou manchada com uma atuação pífia do time em campo.
Mal escalado e desinteressado, o Botafogo perdeu o norte e só empatou com o esforçado Oeste. Mais um resultado inesperado a ser lamentado pelos torcedores.
Não se pode criticar a torcida alvinegra por ser, historicamente, desconfiada com o time diante de tantas ocorrências nefastas ao longo do tempo. E agora, mais essa ocorrência que, mesmo considerada de menor monta, não deixa se ser decepcionante inclusive para o homenageado que não merecia passar por isso no dia da sua festa.
Ultimos tropeços do Botafogo no Nilton Santos
Os traumas ocorridos em ocasiões anteriores se repetiu na última terça como mais um capítulo da síndrome do "hoje não" alvinegro. Quando menos se espera, sempre damos "mole" em casa contra adversários de menor expressão. Só esse ano tivemos a derrota contra o Figueirense, por 1 a 0, que nos custou mais uma eliminação traumática da Copa do Brasil quando tínhamos a classificação na mão até o último minuto de jogo. Até na campanha da Série B já temos "bons" exemplos: os empates contra o Boa, Criciúma e Luverdense em casa ainda não foram digeridos, sem falar na estreia do returno, no jogo de apresentação dos novos uniformes diante de um público de mais de 23 mil torcedores. Era uma bonita festa como só o torcedor alvinegro sabe fazer e fomos derrotados inapelavelmente pelo Paysandu pelo placar de 3 a 2, com dois gols seguidos (no mesmo minuto) e um terceiro no momento seguinte após termos marcado o nosso primeiro gol que nos levaria à reação. Veja o que escrevemos sobre esse vexame na estreia, no jogo em que foi instituído o #PactoAlvinegro: Blog do Felipaodf: Hoje não, hoje não, hoje sim...
Nada deu certo contra o Oeste, a começar pela invencionice protagonizada por Ricardo Gomes. Ao tomar conhecimento da escalação, os torcedores ficaram indignados nas manifestações pelas redes sociais e a "corneta"comeu solta antes mesmo de começar o jogo. A principal queixa se referia ao fato do técnico ter aberto mão de um atacante de ofício (Lulinha, que vinha jogando; Neilton, que voltava de contusão e Luis Henrique, que havia "cavado" contra o Mogi) para lançar o meia Elvis na posição abrindo vaga para um terceiro volante, já que Serginho, Camacho e Arão aoareciam na escalação. Quem diria que o time que venceu o Mogi por 3 a 0 com uma unica modificação (Elvis no lugar de Lulinha) teria tanta dificuldade para se livrar de uma derrota eminente em casa para o Oeste que se desenhou até o finalzinho do jogo?
Os três volantes numa mesma escalação já não era mais novidade pois foi utilizada contra o Mogi. Então por que não funcionou contra o Oeste?
Porque o Oeste não é o Mogi, simples assim. O time de Itápolis se mostrou muito mais organizado em campo do que o primeiro e montou uma estratégia defensiva das melhores que vi até aqui. Além do mais, por ter feito um gol no comecinho do jogo contra o Mogi, o time relaxou na partida e a "nova" formação recheada de volantes não foi devidamente experimentada. E foi nela que o Botafogo se enrolou. Nós já alertávamos sobre isso no último post de pré-jogo, veja: Blog do Felipaodf: Mais um Rubro-negro no nosso caminho...
Com Elvis perdido em campo sem encontrar a faixa ideal pra jogar e o baixo desempenho técnico de todo o grupo (as vezes confundido com falta de vontade dos jogadores), só poderia dar nisso. Um dos piores primeiros tempo de que me lembro, no ano. Sem Elvis pra "conversar", Sassá ficou isolado entre os zagueiros e, como pivô, poucas vezes conseguiu se livrar do marcador em condições de finalizar. Teve boas chances quando foi lançado em velocidade no segundo tempo mas quase sempre com conclusões equivocados. Lutou muito nos últimos dois jogos, mas fica claro que ainda não está pronto para essa missão.
Arão não foi bem tecnicamente e se perdeu na mediocridade do primeiro tempo do grupo. Seja ao lado de Serginho na contenção ou com o confuso Camacho mais à frete, o trio foi de uma inutilidade marcante o jogo. Daqui já estou torcendo para que Gomes não repita essa formação até porquê, para desempenhar tais funções temos Fernandes e Tomas em melhores condições, o que não justifica a improvisação.
Como esperado, jogando em casa diante de um adversário de meio de tabela, o líder Botafogo tomou a iniciativa desde o começo e, mesmo descoordenado em suas linhas, conseguiu levar certo perigo ao goleiro Leandro Santos. Nesse período, Jefferson - o dono da festa, não precisou fazer nenhuma defesa importante. Mesmo com maior posse de bola, o Alvinegro se enrolou diante da marcação sistemática do time Rubro-negro, passando longe da possibilidade de abrir o placar ainda no primeiro tempo.
Como o time não funcionou nessa etapa, voltou do intervalo já com Neilton no lugar de Serginho. A modificação deu mais leveza ao time e movimentação do ataque melhorou. Mas como isso é o Botafogo, numa falta de atenção coletiva, o time tomou um contra-ataque já aos 2', com a bola lançada nas contas do jovem Jean que foi muito mal no jogo. Tá explicado porquê o lateral tem poucas chances no time principal e foi preterido pelo técnico ao improvisar Giaretta na na posição.
Esperto, o Oeste abriu o placar numa bela trama de ataque entre Paulo Henrique, Kauhê que simulou um chute, e Renan Mota que chutou forte sem chances para Jefferson.
Jefferson, o nome do jogo
Depois do gol surpreendente, o time paulista se trancou mais ainda na defesa. Já com Luis Henrique em campo, que havia entrado no lugar do esgotado Daniel Carvalho aos 18', o Bota começava um bombardeio sobre a última linha de defesa rubro-negra, mesmo sem uma boa coordenação de suas linhas. Vendo o empate cada vez mais distante com o passar do tempo, a torcida perdeu a paciência e começou a vaiar. Elvis entrou na dança da vaia ao ser substituído por Tomas, aos 27'. Sobrou até para Ricardo Gomes, eleito o principal responsável pela baixa produção do time escalado equivocadamente. Mas no final, o desastre maior foi evitado com o empate que só veio aos 44 minutos. Roger Carvalho (de novo ele) subiu mais que a defesa adversária após falha bisonha e providencial do goleiro, que caçou borboletas no lance, e cravou de cabeça dando números finais ao placar (1 a 1) pra alívio da torcida e do "pobre" Jefferson que, meio sem graça, comemorou sozinho.
Mesmo com esse empate inesperado, que interrompeu uma sequência fantástica de quatro vitórias, o Alvinegro manteve a ponta da tabela com 49 pontos. Pra falar a verdade, ela estava garantida mesmo em caso de derrota nessa 26a. rodada já que o Bota tinha uma diferença de 4 pontos sobre o 2o. colocado, o Paysandu. O problema é que, com a vitória do Papão sobre o ABC por 3 a 2, a diferença caiu pra dois pontos e a gordura que era boa, vai secando.
Clique e veja a homenagem ao goleiro Jefferson, a avaliação do jogo e os melhores momento da partida
Com o empate, o aproveitamento do Botafogo caiu de 64% para 62,8%, mas o índice é suficiente para o retorno à Série A sem traumas. Como mandante, o aproveitamento foi de 75% para 71,8%, apenas o 8o. melhor da competição. Como visitante, o aproveitamento é de 53,8% e na sexta, teremos a oportunidade de aumentá-lo jogando contra o Boa Esporte, em Varginha.
A artilharia deu uma murchada nessa rodada, mas com o golzinho no final contra o Oeste, chegamos aos 43 gols e continuamos como o melhor ataque da competição. Temos também a defesa menos vazada, com 20 gols sofridos, o que dá um saldo de 23 gols, nove a mais do que o Vitória - segundo colocado nesse quesito.
Atualizando a conta para subir matematicamente para a primeirona, no momento precisamos de mais 17 pontos. Dos 10 jogos marcados para o Nilton Santos nesse returno, perdemos um, ganhamos dois e empatamos o último quando era necessário ganhar todos para garantir essa condição só com os jogos em casa. Ao vencermos o Vitória e o Mogi fora, compensamos com sobras a derrota sofrida contra o Papão e agora o empate contra o Oeste e vamos de boa pra cima do Boa Esporte buscar os pontos que eles nos tiraram no primeiro turno com o empate de 1 a 1 no Nilton Santos.
Terminada a 26ª rodada (clique e veja a situação de cada time e os próximos confrontos de cada um: http://felipaodf.blogspot.com.br/p/carregando-tabela-do-brasileirao_21.html ), podemos dizer que nove equipes continuam firmes na briga por uma vaga no G-4 sem que nenhuma delas, no entanto, tenha conseguido se desgarrar no grupo. O Botafogo tá procurando esse distanciamento, mas a frente de dois pontos ainda não é suficiente pra dar tranquilidade ao clube.
Tabela atualizada após a 26a. rodada
O Náutico, com 37 pontos, está no limite inferior dessa linha de corte com diferença de 12 pontos para o Glorioso que lidera a competição com 49. Mas como o primeiro objetivo e garantir o acesso e isso só vai acontecer quando o quinto colocado não puder mais nos alcançar, a nossa preocupação de momento é checar essa diferença a cada rodada. Atualmente, o Glorioso tem seis pontos de diferença para o Sampaio Corrêa (43) que ocupa essa posição. A vice-liderança continua com o Paysandu, com 47 pontos. O Vitória está em terceiro, com 45, a mesma pontuação do Bahia que está em quarto e fecha o G-4. Além do Sampaio em quinto (43), seguem na briga o América-MG em sexto (41), o Santa Cruz em sétimo (41), o Bragantino em oitavo (38) e o Náutico em nono (37).
O técnico Ricardo Gomes, que completou seu 11o. jogo à frente da equipe, não foi bem na escalação. Suas apostas de começo de jogo não deram resultado e quase não dá tempo de consertar a mancada com as entradas de Neilton e Luis Henrique no segundo tempo. O bônus que ele havia acumulado com as quatro últimas vitórias se esvaiu como por encanto e a galera pegou no pé do treinador com o tradicional coro de burro... burro... burro!
A chance de apagar essa má impressão já acontece nessa sexta-feira, às 21:30, em Varginha, contra o Boa Esporte que soma apenas 23 pontos e ocupa a 18a. posição no Z-4.
Depois do fracasso da formação contra o Oeste, o time deve voltar à escalação tradicional já que conta com as voltas de Neilton, que já entrou no decorrer do último jogo. Pelo balanço da última partida, suponho que RG desista de transformar Camacho em meia e Elvis em atacante. Giaretta estará à disposição e deve voltar a lateral esquerda. Elvis deve voltar à sua posição de origem e formar dupla com Daniel Carvalho na armação. Com isso, Serginho ou Camacho deve deixar o time já que Willian Arão volta a sua posição original mais recuado. Fernandes deve ser opção no banco assim como Tomas que entrou bem no final do jogo contra o Oeste. Navarro continua de fora se recuperando de lesão e Luis Henrique é a melhor opção do momento para a posição, com Sassá ficando para o segundo tempo. Lulinha também tem chances de sair jogando e o atacante Ronaldo foi relacionado pela primeira vez..
Sendo assim, o time deve formar com: Jefferson (401 jogos), Luis Ricardo, Renan Fonseca, Roger Carvalho e Giaretta; Serginho (Camacho), Willian Arão, Elvis e Daniel Carvalho; Lulinha (Neilton) e Luis Henrique (Sassá).
Depois de oito anos ausente, o Botafogo voltou a disputar uma partida no Espírito Santo onde tem grande número de torcedores. Dessa vez como convidado do Mogi, dono do mando do jogo. E se sentiu em casa. A última vez que isso aconteceu foi em 2007 pelo Campeonato Brasileiro, na vitória sobre o América-RN por 4 a 2, com gols de Zé Roberto (2), André Lima e Lúcio Flávio. O jogo foi disputado no Engenheiro Araripe, estádio que fica na mesma cidade de Cariacica. Cuca era o treinador.
Pois bem... Como previsto, os ares capixabas fizeram bem ao time que, apesar de levar a partida em banho-maria a maior parte do tempo não deixando a temperatura subir, acabou vencendo com facilidade o modesto Mogi Mirim por 3 a 0, com gols do zagueiro Roger Carvalho, do meia Tomas Bastos e do atacante Luís Henrique, filho da terra, em cobrança de pênalti com direito a cavadinha. Curiosamente o Botafogo repetiu o mesmo placar do turno quando venceu o time paulista no Rio com gols de Rodrigo Pimpão, Bill e Lulinha. Apesar de já ter deixado o clube, Pimpão continua sendo o artilheiro do Alvinegro na competição com 07 gols, seguido por Navarro, com 06, e Sassá e Luis Henrique, ambos com 04.
Torcida Alvinegra no Kléber Andrades (Botafogo Oficial)
No final, o placar de 3 a 0 foi mais condizente com a festa que a torcida fez nas arquibancadas do que o "decepcionante" 1 a 0 do primeiro tempo conseguido com certa facilidade. O torcedor capixaba compareceu em grande número ao estádio, transformando o Kléber Andrades num verdadeiro caldeirão. Não parou de cantar um só momento. Só o "ninguém cala" foi puxado mais de sete vezes. Um verdadeiro sucesso. Pena que o público presente não foi divulgado.
O resultado justo nos garantiu a ponta da tabela (48) que manteremos mesmo em caso de derrota na próxima rodada, coisa que está fora de cogitação já que jogaremos no Nilton Santos contra o time do Oeste (13o. colocado), que não é nenhum bicho-papão.
Esse é o tamanho da nossa vantagem e da gordura que conseguimos acumular depois de quatro vitórias consecutivas, duas em casa e duas em fora, sobre o Atlético-GO, o Vitória, o Paraná e o Mogi. Agora, a diferença para o 2o. colocado - o Paysandu que soma 44 pontos - é de quatro pontos, o que já abre a possibilidade de pensar mais seriamente no título (não só pela Taça mas, principalmente, pelas grana que vem dentro dela).
Mesmo com desfalques importantes a cada rodada, o time de Ricardo Gomes engrenou. Vem mantendo o padrão de jogo e conseguindo vencer dentro e fora de casa depois de um começo sombrio de returno com duas derrotas seguidas para o Paysandu e o CRB, o que preocupou a torcida.
Nem bem a partida havia começado e o Botafogo já abria o placar aos dois minutos de jogo. O zagueiro Roger Carvalho apareceu na área, livre de marcação, para escorar de cabeça uma cobrança de escanteio de Daniel Carvalho pela direita. Um "mole" da zaga adversária que é difícil se ver até mesmo em treino de segunda-feira. A torcida foi ao delírio e quando tudo fazia crer que teríamos uma grande exibição com direito à goleada, o time foi murchando conforme o tempo avançava.Talvez o grupo estivesse, inconscientemente, se poupando do desgaste que a sequência de jogos, nas terças e sextas com viagem no meio, vem trazendo. Por ter tirado o pé, a análise dos possíveis efeitos da escalação de Serginho, Camacho e Arão mais à frente, para o time fica prejudicada. A escalação desse trio de contenção foi benéfica para a evolução tática da equipe? Responde essa, torcedor!
O rodízio de jogadores em posições-chaves por convicção do treinador ou por força de suspensão ou problema médico, vem dando resultados mesmo que o tempo para treinar as formações não exista. A coisa tá fluindo na base da conversa e mesmo assim os resultados estão aparecendo. Falo de jogadores como Jardel, que teve seguidas oportunidades como titular e foi "esquecido" nos últimos jogos assim como Tomas, que jogou duas e ficou no banco na sexta, de onde veio para marcar o segundo gol do Botafogo, aos 35'/2°T, seis minutos após entrar na vaga de Daniel Carvalho.
O mesmo vem ocorrendo com Fernandes, que deu outra movimentação ao jogo depois de substituir o meia Camacho, aos 35'/2°T. O próprio Camacho saiu do ostracismo para ser titular nos últimos dois jogos e se saiu bem na avaliação do treinador, ora substituindo Serginho como primeiro volante, ora jogando ao seu lado na posição de segundo. O zagueiro Giaretta já jogou por ali e agora tenta fechar a Avenida Carleto na base da disposição. Otávio é outro que já foi titular no começo do trabalho de Gomes e está hibernado no banco à espera de nova oportunidade. Sem falar em Gegê que, muito criticado pela torcida, está a mais tempo sem ser acionado. Contratado há mais de dois meses juntamente com Navarro, o volante Bazallos nem sequer estreou. Lindoso é outro que segue treinando e as vezes nem é relacionado sem falar em Ayrton, recontratado essa semana até o fim do ano, sem previsão de ser utilizado.
Na defesa não é diferente com a troca de peças e posições envolvendo Roger Carvalho e Giaretta, que já foi volante e agora tapa-buracos na lateral esquerda. Também chegou a vez do ataque, onde a contusão de Neilton proporcionou várias experiências de formação que servirão de base para a montagem do elenco de 2016. Lulinha foi ressuscitado e vem tendo seguidas oportunidades. Sabe jogar, tem se esforçado bastante mas falta ritmo de jogo que lhe permita tomar a decisão certa na hora do arremate. Perdeu boas chances contra o Mogi como já havia perdido contra Vitória e Paraná.
Dentro desse critério, quem apareceu bem na semana passada foi Sassá, lançado como centro avante na posição de Navarro que ficou de fora por contusão. Vindo do banco, tal qual um talismã, o jogador foi decisivo ao marcar o gol da vitória em Salvador no último minuto de jogo e os dois contra o Paraná que garantiram vitórias importantíssimas para a sequência do trabalho. O jogador subiu de produção, ganhou a confiança do treinador e veio como titular contra o Mogi. Mas dessa vez, Sassá não sassaricou como fizera nos jogos anteriores (veja o que ele fez nesses jogos acessando o link do post: Blog do Felipaodf: Iluminado, Sassá fez torcida sassaricar no Niltão. Que venha o Mogi...
Montagem da Internet
Ainda em formação, o atacante sentiu a pressão do jogo e perdeu inúmeras chances ao tomar decisões equivocadas na hora de finalizar em gol. Sem conseguir ser protagonista, Sassá viu seu companheiro Luis Henrique brilhar. Entrando no lugar de Lulinha, aos 16'/2°T , o jovem atacante teve tempo suficiente para mostrar a que veio. Se movimentou bem e cavou um pênalti ao arrancar em direção ao gol e retardar a passada para ser atingido pelo goleiro. Pediu pra cobrar a penalidade e, mostrando a tranquilidade de um veterano, a fez com maestria ao aplicar uma cavadinha já ao final do jogo (aos 45'/2°T) que fez lembrar El Loco contra o Flamengo. A torcida, como era de se esperar, veio ao delírio e o jovem jogador, capixaba de nascimento, pode retribuir o carinho que recebeu do torcedor desde de que chegou à cidade.
O Mogi pouco exigiu do Glorioso, mas quando chegou à frente o fez com qualidade. Lembro de Jefferson, que completa 400 jogos com a camisa do Botafogo contra o Oeste (é isso mesmo, produção?), fazendo duas boas defesas em jogadas de perigo para o gol alvinegro. No mais, Luis Ricardo continua sendo uma excelente opção do meio pra frente, mas prende muito a bola e as vezes relaxa na marcação. Ocorreram várias investidas do adversário nas suas costas. A insegurança do miolo de zaga as vezes é compensada por um golzinho de um deles la na frente. Dessa vez, Roger Carvalho abriu o placar cedo com uma cabeçada certeira para o chão e mudou o plano tático do jogo - pressionar a saída de bola do adversário até abrir o placar.
Montagem do Botafogo Oficial
Na proteção à zaga, Serginho fez o feijão com arroz de sempre e Camacho jogando ao seu lado, melhora a saída de bola. O mesmo ocorreu com Arão que se utilizou do vigor físico para aparecer lá na frente. Foi dele a assistência para LH9 arrancar em direção ao gol até sofrer o pênalti.
Sem Elvis em campo, Daniel Carvalho assumiu a armação mesmo jogando mais adiantado pela direita. Acertou a maioria dos escanteios cobrados pelos dois lados e deu vários piques com a bola dominada, arriscando penetrações inesperadas na área. Foi um dos destaques do jogo. Correu tanto que cansou e deu lugar a Tomas, aos 29'/2°T, que veio a marcar o segundo gol sete minutos depois em belíssimo lançamento de Fernandes, que entrou bem na partida e deu outra movimentação ao time. No lance anterior, aos 35', Tomas havia proporcionado um acontecimento hilário ao cobrar um escanteio pra fora de forma bizarra. Mas revendo o lance pela TV, vê-se claramente que ele enterrou o pé de apoio no gramado que estava fofo antes de bater na bola, o que o desequilibrou.
Como comentado acima, a dupla Lulinha Sassá não funcionou em matéria de gols. Muita movimentação mas pouca inspiração nos arremates. O destaque ficou para LH9 que cavou bonito no terceiro gol. Se eu fosse locutor de rádio teria narrado assim o lance: Lá vai Luis Henrique caminhando pra bola... Exitou, caminhou... Exitou de novo e... cavooooooooooooooooooooooooooool. Luis Henrique "mitou" com uma cavadinha louca pra marcar o terceiro, torcedor!
Clique e veja os gols da vitória sobre o time paulista e a consagração de Luis Henrique
Com a boa sequência de quatro vitórias, o aproveitamento do Botafogo subiu para 64%, índice suficiente para o retorno à Série A sem traumas. Como mandante o aproveitamento é ainda maior e está no patamar de 75%, o melhor da competição. Como visitante, a última vitória fez aumentar o índice de 50% para 53,8%.
A artilharia continua em alta e com mais três gols marcados contra o Mogi, chegamos aos 42 gols, o melhor ataque do campeonato. Temos também a defesa menos vazada com 19 gols sofridos, o que dá um saldo de 23 gols, onze a mais do que o do Bahia, o segundo colocado nesse quesito.
Com mais essa vitória, chegamos a 48 pontos. Agora, precisamos de mais 18 para garantir matematicamente o retorno à primeira divisão. Dos 10 jogos marcados para o Nilton Santos nesse returno, perdemos um e ganhamos dois outros quando era necessário ganhar todos para garantir essa condição. Ao vencer o Vitória fora e agora o Mogi, compensamos com sobras a derrota sofrida contra o Papão e vamos com tudo para cima do Oeste buscar mais três pontos.
Terminada a 25ª rodada (clique e veja a situação de cada time e os próximos confrontos de cada um: http://felipaodf.blogspot.com.br/p/carregando-tabela-do-brasileirao_21.html ), podemos dizer que nove equipes continuam firmes na briga por uma vaga no G-4 sem que nenhuma delas tenha conseguido se desgarrar no grupo. O Botafogo tá procurando esse distanciamento, mas ainda não é o suficiente pra colocar o boi na sombra.
O Náutico, com 36 pontos, está no limite inferior dessa linha de corte com diferença de 12 pontos para o Botafogo que lidera a competição (48). Mas para nós, o primeiro objetivo e garantir o acesso e isso se dará quando o quinto colocado não puder mais nos alcançar. Atualmente, o Glorioso tem seis pontos de diferença para o Sampaio Corrêa (42) que ocupa essa posição. A vice-liderança continua com o Paysandu, que agora soma 44. O Bahia está em terceiro, com os mesmos 44 pontos do segundo colocado, seguido do Vitória que fecha o G-4 com 42. Além do Sampaio em quinto (42), seguem na briga o América-MG em sexto (41), o Santa Cruz em sétimo (38), o Bragantino em oitavo (37) e o Náutico em nono (36).
O técnico Ricardo Gomes, que completou dez jogos à frente do Botafogo, também teve o seu destacou ao fazer modificações precisas depois de observar que o time que começou o jogo pecou na movimentação. As entradas de Luis Henrique no lugar de Lulinha (16'/2°T), de Tomas no lugar de Daniel Carvalho, (29'/2°T) e de Fernandes no lugar de Camacho (35'/2°T) deram outra dinâmica ao jogo e foram responsáveis diretas pela ampliação do placar. Apesar de taticamente não ter sido possível enxergar coisas novas pelas próprias circunstâncias do jogo, o trabalho de Ricardo Gomes vai ganhando consistência com as vitórias seguidas e o bom padrão tático apresentado nos últimos jogos. São visíveis as melhorias no poderio de ataque que subiu à olhos vistos. Mas ainda sofremos com desacertos na zaga e erros individuais dos jogadores.
É hoje... #Jeff400Jogos
Na terça-feira é a vez de enfrentar o Oeste, no Estádio Nilson Santos, às 21:30, diante da nossa torcida que, espera-se, compareça em bom número pra prestigiar o líder em busca da quinta vitória consecutiva - 12 Mil presentes já seria razoável para um jogo à noite.
O Oeste é mais um time rubro-negro que atravessa o nosso caminho. Os dois últimos que cruzaram essa fronteira, se arrependeram amargamente. Nesse duelo particular do Alvinegro contra eles, estamos levando grande vantagem. No primeiro turno empatamos com o Atlético-GO em 0 a 0, vencemos o Vitória por 2 a 0 e o Oeste por 1 a 0. No returno, voltamos a bater os goianos de goleada (4 a 0), os baianos na casa deles, por 2 a 1, de virada e aguardamos ansiosamente o confronto contra o Rubro-negro de Itápolis. Em cinco jogos, foram 4 vitórias e apenas 1 empate com a perspectiva de mais uma vitória amanhã. É sempre bom vencer na competição, mas ganhar de times rubros-negros é melhor ainda...
O time não deve ser nada parecido com o do último jogo. Giaretta, suspenso, não joga e Jean deve entrar em seu lugar. Elvis deve voltar ao meio e formar dupla com Daniel Carvalho, na armação. Com isso, Serginho ou Camacho deve deixar o time já que Willian Arão volta a sua posição original mais recuado. Fernandes deve ser opção no banco assim como Tomas. Navarro continua de fora se recuperando de lesão. Em compensação, Neilton já está a disposição e deve ficar no banco. O mesmo deve acontecer com Sassá. Com a boa atuação contra o Mogi e a badalação pela cavadinha, Luis Henrique pode ter uma chance de começar o jogo. Nesse caso, sobraria uma vaga no ataque que deve ser ocupada por Lulinha novamente. Quem sabe nesse jogo ele desencante e volte a marcar o gol que está devendo?
Sendo assim, o time deve formar com: Jefferson (400 Jogos), Luis Ricardo, Renan Fonseca, Roger Carvalho e Jean; Camacho (Serginho), Willian Arão, Elvis e Daniel Carvalho; Lulinha (Neilton) e Luis Henrique (Sassá).