Depois da derrota de 2 a 0 sofrida em casa para o Internacional no último sábado, o Botafogo volta a campo na noite desta quarta-feira (20h30) para o duelo contra o Coritiba pela 7ª rodada do Brasileirão.
O Glorioso, que vinha invicto à dez jogos sobre o comando de Autuori, sofreu o seu primeiro revés na competição e precisa vencer o visitante paranaense de qualquer forma.
Depois se seguiram um 0 a 0 moroso contra o Fortaleza fora; a vitória surpreendente sobre o Galo por 2 a 1 no Nilton Santos; o empate em 1 a 1 no clássico contra o Flamengo pela quinta rodada e; a importante vitória de 2 a 1 sobre o Paraná pela CdoB que nos valeu a vaga na quarta fase da competição.
Com o time sendo formado com os campeonatos em andamento, é normal que a campanha apresenta altos e baixos mas isso deixa em alerta clube e torcedores já no início do Brasileirão.
Sem pontuar na rodada, o clube da Estrela Solitária permanece com seis pontos - uma vitória, uma derrota e três empates em cinco jogos - e caiu da 11a. para 15a. posição, na dita zona da marola. O liderança isolada é do Inter com 15 pontos após vencer o último confronto no Nilton Santos.
Na parte baixa da tabela, com quatro pontos em cinco jogos, o Atlético-GO tomou a lanterna do nosso adversário Coritiba que, após duas vitórias seguidas, deu um sald e está posicionado à nossa frente com a mesma pontuação (6).
O rubro-negro goiano tem a companhia de Sport e Goiás com quatro pontos e RB Bragantino com cinco pontos, que caiu muito de produção e abre no Z4.
Agora, nossa referência de análise passa a ser o último jogo contra o Inter. Desfalcado e perdido em campo na maior parte do tempo - Honda e Luis Henrique não foram relacionados para o jogo -, o Botafogo não resistiu à maior organização tática e DNA ofensivo do Colorado e foi derrotado por 2 a 0 em pleno no Nilton Santos.
Jogando com intensidade, o time gaúcho abriu o placar bem cedo. Numa trama bem executada por ex-alvinegros aos 4 minutos de jogo, Thiago Galhardo bem colocado entre os zagueiros, aproveitou cruzamento na medida de Moisés e subiu livre de cabeça para vencer Gatito.
Quando o Bota tentava reagir na base do entusiasmo e criou algumas chances para empatar o jogo, veio o balde de água fria. Boschilia marcou o segundo gol colorado após nova trama construída com assistência de Galhardo na origem.
Mesmo atordoado após os dois gols do adversário conseguidos com certa facilidade em razão da marcação frouxa e equivocada dos homens de defesa e proteção à zaga, o Bota ainda consegui colocar a bola nas redes em duas oportunidades: a primeira, com gol marcado por Matheus Babi e a segunda por Bruno Nazário após assistência do mesmo Babi que fez individualmente uma grande partida. Mas por ironia do destino, ambas foram anuladas pelo VAR: uma marcando impedimento milimétrico de Rhuan que havia participado do lance e outra, sem muita coerência, após o árbitro ter validado o lance de campo (suposta falta de Babi em disputa de bola normal no nosso campo) com a bola em movimento.
No segundo tempo, a tônica do jogo se inverteu. Com vantagem significativa construída no primeiro tempo, o Inter tirou o pé e recuou passando a explorar os contra-ataques e deu campo ao Botafogo. Com isso, os donos da casa tiveram mais a bola na busca pelo gol que lhes dessem esperanças de melhor resultado. Na oportunidade, ocorreram as modificações que deram outra dinâmica ao time: Bruno Nazário e Luiz Otávio entraram nas vagas de Forster e Caio Alexandre.
Foram dois gols anulados que, pela forma que ocorreram, deixaram perplexos os jogadores alvinegros e a torcida que acompanhou o jogo pelas redes sociais. A sensação era de que os lances tinham potencial para mudar os rumos da partida tal o grau de entusiasmo dos alvinegros após os tentos. Falo isso porque, depois dos gols anulados em sequência, o efeito saiu na direção contrária. O time foi tomado por uma apatia tão grande e visível que preocupou quem estava assistindo. De quebra, a nossa invencibilidade na competição foi pro ralo enquanto o Inter consolidou a liderança isolada.
Dos jogadores, o mais revoltado no pós-jogo foi o capitão Gatito Fernandéz que, na saída para o vestiário, desferiu um chute na cabine de equipamentos do VAR instalada no gramado. Pelo ato, o jogador foi denunciado à justiça desportiva e pode pegar uma pena de 1 a 6 jogos fora.
Clique no link e veja o que escrevemos no post de pré-jogo: "De volta ao Brasileiro e pensando em vitória, BOTAFOGO encara mais um líder da competição":
https://bitly.com/3gPOjrb
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BOTAFOGO escalado pro duelo contra o Internacional. Vamos!
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O grande trunfo do Botafogo para a vitoria no jogo de hoje são as voltas de Honda e Luis Henrique que desfalcaram o time na derrota para o Inter, e a possível estreia do marfinense Salomon Kalou, maior aposta do clube na temporada,
A tendência é que o atacante fique à disposição no banco de reservas e entre no decorrer da partida em razão do condicionamento ainda não ser o ideal mas o técnico Autuori é imprevisível e pode, invertendo essa lógica, lançar o jogador logo no começo. Kalou não disputa uma partida desde a derrota do Hertha Berlim para o Borussia Dortmund no dia 30 de novembro.
Dessa forma, a equipe deve começar o jogo com: Gatito; Barrandeguy, Marcelo Benevenuto, Kanu e Guilherme Santos; Rafael Forster, Honda e Bruno Nazário; Matheus Babi ou Kalou, Luis Henrique e Pedro Raul.
Em relação ao time que começou o jogo contra o Inter, Danilo Barcelos deixou o clube e assinou com o Fluminense; Caio Alexandre levou o terceiro amarelo e está suspenso da partida e; Rhuan volta para o banco depois do baixo rendimento apresentado enquanto esteve em campo. O lateral Victor Luis continua fora se recuperando de cirurgia até o meio do mês quando será reavaliado.
Como o desempenho contra o Inter não foi o esperado e a derrota veio, é obrigação do time conseguir a vitória sobre o Coxa hoje à noite. Precisamos subir na tabela e sair da zona da marola e recuperarmos a confiança das exibições anteriores quando conquistamos nossos pontos com aplicação tática, bom desempenho nos fundamentos e fidelidade às estratégias de jogo de Autuori que, nessa passagem pelo Glorioso, acumula 13 jogos oficiais com quatro vitórias, sete empates e duas derrotas com 48% de aproveitamento.
Pelo lado do adversário a notícia é que o técnico Jorginho está bastante otimista e promete uma postura ousada dos seus comandados mesmo jogando na casa do adversário. "O Coritiba vai em busca do resultado positivo mesmo fora de casa, pois sabemos como é importante no Campeonato Brasileiro você conseguir somar pontos na condição de visitante", avisou o treinador. Chama a atenção ainda as presenças dos ex-botafoguenses Neilton e Sassá na linha de frente do adversário, o que não deixa de ser uma "atração" à parte.
É esperar e ver no que vai dar tudo isso. Para barra-los, vamos de Forster, Benevenuto e Kanu.
FICHA TÉCNICA
BOTAFOGO-RJ X CORITIBA-PR
Local: Estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro (RJ)
Data: 2 de setembro de 2020, quarta-feira
Horário: 20h30 (de Brasília)
Árbitro: Felipe Fernandes de Lima (MG)
Assistentes: Felipe Alan Costa de Oliveira (MG) e Celso Luiz da Silva (MG)
VAR: Igor Junio Benevenuto de Oliveira (MG)
BOTAFOGO: Gatito Fernández, Federico Barrandeguy, Marcelo Benevenuto, Kanu e Guilherme Santos; Rafael Forster, Honda e Bruno Nazário; Matheus Babi ou Kalou, Luis Henrique e Pedro Raul.
Técnico: Paulo Autuori
CORITIBA: Wilson, Jonathan, Rodolfo Filemon, Sabino e William Matheus; Matheus Galdezani, Matheus Sales e Luiz Henrique (Matheus Bueno); Robson, Neilton e Sassá