sábado, 5 de outubro de 2013

Quem pode explicar II



O mistério continua





Escrevíamos após a derrota contra a Ponte, em pleno Maracanã, que definitivamente o Botafogo não gostava de seguir roteiros pré-estabelecidos. Parecia claro a todos que os dois compromissos iniciais da sequência de jogos que o time faria em casa, contra Bahia e Ponte Preta, eram ideais para esquecer a derrota para o Cruzeiro e tentar se aproximar do líder. Custava aos jogadores alvinegros se concentrarem nessa missão perfeitamente possível e ganharem esses jogos em casa como estava escrito no script?

Como se vê, a situação após aquelas derrotas era caótica e não passava pela cabeça do torcedor que ela ainda poderia aumentar tão dramaticamente. Pois bem, depois de um empate (1 a 1) sem graça no clássico contra o Fluminense no meio de semana que, se não foi um grande resultado, pelo menos interrompia a sequência de três derrotas seguidas (a maior dessa temporada), o Botafogo voltou a decepcionar sua torcida ao ser derrotado pelo Grêmio (1 a 0), mesmo com o time gaúcho jogando desde o fim do primeiro tempo com um jogador a menos (Kleber foi expulso), de novo em casa. Essa era um partida estratégica para o time já que estava em jogo a disputa pela vice-liderança do campeonato. O Bota poderia retomar a posição em caso de vitória e agora, com mais essa derrota melancólica, só Deus sabe o que pode acontecer na sequência do campeonato.

O time não só deixou de vencer aqueles compromissos como foi derrotado sem conseguir praticar um futebol minimamente razoável que pudesse merecer sair com melhores resultados, inclusive hoje contra o Grêmio que foi superior taticamente.

Vivemos uma situação inexplicável que já não encontra amparo nas justificativas do treinador alvinegro quando atribui a queda de rendimento somente ao cansaço e a falta de tempo para treinar já que essas circunstâncias afetam todos os demais competidores que não dispõem, como o Alvinegro, de elencos numerosos. O time do primeiro turno sumiu depois que os salários foram colocados em dia e só alguém que vive e conhece o dia-a-dia do clube pode explicar o que está acontecendo. Alguém aí está disposto?

É uma queda vertiginosa de rendimento que envergonha a torcida e fizeram com que o treinador Oswaldo de Oliveira deixasse o campo, ao final do jogo, passando mal a ponto de necessitar cuidados médicos de emergência. A torcida, que já viu esse filme outras vezes, sabe onde tudo isso pode parar. As esperanças de disputar a próxima Libertadores vai se esvaindo numa velocidade espantosa. Jogadores experientes como Seedorf, Lodeiro e Rafael Marques estão jogando muito abaixo de suas possibilidades a ponto de saírem de campo vaiados e o time já não tem a quem apelar.

Lamentável, tudo isso.

Por @Felipaodf/Botafogodepriemira.com

Bota tem confronto direto pela vice-liderança


GUIA DA RODADA #26: Bota x Grêmio e Timbu x Raposa são os destaques



(...) Grêmio x Botafogo, às 18h30m, no Maracanã, é um confronto direto pela vice-liderança. Os visitantes gaúchos têm a vantagem de dois pontos - 45 a 43 - e vivem em ascensão no campeonato. A equipe alvinegra, em terceiro, tenta recuperar a força que já a deixou na liderança. Os dois sabem que o empate será péssimo para quem ainda pretende brigar pelo título. Afinal, a diferença do líder Cruzeiro para o segundo colocado, já nos 11 pontos, pode aumentar. E certamente os comandados de Renato Gaúcho, bem como os de Oswaldo de Oliveira, cruzarão os dedos domingo, diante da TV, quando a bola rolar na Arena Pernambuco a partir das 16h.

É no Recife que um outro jogo pode ter peso importante na tabela de cima e de baixo do Brasileirão 2013. E os mais fanáticos pelo Náutico, quatro rodadas atrás, não poderiam supor que o Timbu veria sua torcida "crescer" assustadoramente em um mês. Principalmente a formada por gremistas e botafoguenses. Desacreditado, com vaga praticamente assegurada entre os quatro rebaixados, o time pernambucano esboçou uma reação que será posta à prova. Com dois empates e duas vitórias, vai encarar uma Raposa líder que domina como quer os adversários - o último, a Portuguesa, foi goleado por 4 a 0. (...)


Comentários do blogueiro: Essa é a proposta do site da globo para os jogos da rodada e a cada semana destacamos aqui apenas a análise relativa ao do Botafogo que é o que nos interessa.


BOTAFOGO x GRÊMIO
SÁBADO, 18H30M - MARACANÃ


Já são quatro partidas sem vencer no Brasileirão. O que faz o jogo no Maracanã ganhar ainda mais ares de decisão para um Botafogo em queda. Uma vitória pode levar o time a retomar o ritmo anterior que fez da equipe uma das favoritas. Oswaldo de Oliveira não terá Bolívar, Edílson e Gabriel, suspensos pelo terceiro cartão amarelo, mas conta com as voltas Hyuri, Elias e Renato para encarar um Grêmio cheio de empolgação. O Tricolor não sabe o que é perder há quatro jogos. A ascensão se dá, segundo muitos, ao esquema com três atacantes, mas a tendência é que Renato Gaúcho arme sua equipe mutante no 3-5-2. Com Vargas suspenso, a vaga deverá ser ocupada por um zagueiro. O maior candidato é Saimon. É, esse jogo promete muito.


Na TV: SporTV (menos RJ) e PremiereFC, com Jader Rocha e Lédio Carmona.

Arbitragem: Wilson Pereira Sampaio será o árbitro, auxiliado por Emerson Augusto de Carvalho e Marcelo Carvalho Van Gasse.

Você sabia que...: ano passado, o Grêmio levou a melhor nos confrontos com o Botafogo? No turno, justamente na estreia de Seedorf pelo Alvinegro, o Grêmio venceu por 1 a 0 no Engenhão, com gol de Marcelo Moreno. No returno, no Olímpico, houve empate por 1 a 1, gols de Léo Gago para o Tricolor Gaúcho e Bruno Mendes para o Alvinegro carioca. Já este ano, pelo 1º turno do Brasileiro, houve vitória gremista por 2 a 1 na Arena do Grêmio, gols de Vargas (2) para o time da casa e Seedorf para os visitantes. A última vitória do Bota sobre o Grêmio foi no returno de 2011, quando venceu por 1 a 0 em Porto Alegre, gol de Loco Abreu.


Comentários do blogueiro: Na rodada passada (25), Grêmio e Atlético-PR brigaram para tomar a vice-liderança do Botafogo que tinha o clássico contra o Fluminense pra mantê-la. O Tricolor gaúcho (45) se deu bem ao vencer o adversário por 1 a 0, na Arena e colocou dois pontos de vantagem sobre o Alvinegro (43) que não passou de um empate (1 a 1) contra o rival. Por sua vez a Raposa segue disparada na liderança ao massacrar a Portuguesa, em Minas, por 4 a 0.

O Botafogo, jogando de preto, precisava clarear seus caminhos e vencer o clássico carioca para interromper a incômoda sequência de três derrotas - inéditas na atual temporada - e se manter dignamente no G-4. Mas faltou combinar com o Tricolor que aos 2' de partida já abria o placar. Numa boa trama do ataque adversário, o rápido Biro biro - apelido herdado do folclórico "craque" corintiano da década de 80 - penetrou nas costas de M. Mattos e concluiu em gol depois de tabelar com Jean.

Menos mal porque o Bota não demorou muito pra empatar. A bola cabeceada por Rafael Marques em cobrança de falta de Seedorf encontrou a canela santa de Bolivar e entrou no cantinho do gol de Cavaliere (13'). O zagueirão, que não joga o próximo jogo comemorou muito o gol de empate com os companheiros como se fosse o início da virada.

Mas não foi o que se viu. Com jogo empatado e um golzinho para cada lado, parecia que as equipes já haviam cumprido a missão e faziam valer uma espécie de tratado mútuo de não agressão. Foram raras as chances de alterar o placar para os dois lados, todas sem muita convicção. O Botafogo interrompia a sequência amarga de três derrotas e o Fluminense mantinha a série de oito partidas sem perder. Objetivos de demonstram total falta de ambição das duas equipes.

O duelo pela vice-liderança que ocorreu na rodada passada se repete agora entre Grêmio e Botafogo, segundo e terceiros colocados, dessa vez, em "nossa casa".

Nessa fase da disputa, o Glorioso ainda procura readquirir o ritmo mostrado no primeiro turno quando ocupou o topo da tabela e se manteve no G-4 com certa facilidade, situação que no returno começou a se reverter. Nem mesmo o empate no clássico depois da sequência de derrotas foi o bastante pra afastar a desconfiança da torcida de que as coisas podem dar errado.

O time já não conta com um elenco capaz de suprir as ausências que uma disputa dura e longa do Brasileirão - com dois jogos por semana - impõe aos competidores, depois de ser mutilado mais uma vez no meio da competição pela diretoria.

Já o Grêmio, de elenco mais numeroso e banco qualificado (Zé Roberto e Elano aguardam melhor oportunidade de voltarem ao time) vem vencendo jogos importantes, mesmo longe de casa. Méritos para Renato Gaúcho que arma o time numa retranca clássica - usa até três zagueiros e três volantes numa mesma escalação - e aproveita muito bem os contra ataques, o que é prenuncio de que veremos um jogo de poucas alternativas e muito brigado.

O Bota vai pro jogo muito desfalcado. Edilson, Bolivar e Gabriel estão suspensos e devem dar lugar a Gilberto - que volta de contusão, Dankler - que faz sua segunda partida no campeonato, e Renato ou Lucas Zen. Elias e Hyuri, que seriam as opções para o ataque, permanecem de fora ainda se recuperando lesões o que abre espaço para Henrique - que pode ser mantido no time, e B. Mendes que volta a ser opção no banco depois de longo tempo parado.

Escalações:

Botafogo: Jefferson, Gilberto, Dankler, Dória e Julio Cesar; Marcelo Mattos, Renato (lucas Zen), Lodeiro, Seedorf e Rafael Marques; Henrique (Bruno Mendes).

Grêmio: Dida, Werley, Rhodolfo e Bressan; Pará, Souza, Ramiro, Riveros e Alex Telles; Kleber e Barcos – Técnico: Renato Gaúcho.

Boa sorte, Fogão!


Por @Felipaodf/Botafogodeprimeira.com

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Impressões sobre um clássico sem emoções



Um clássico "sem por cento" nada



Fluminense e Botafogo empatam no
Maracanã (Foto:Paulo Sérgio/ LANCE!Press)
O Botafogo, jogando de preto, precisava clarear seus caminhos e vencer o clássico, tanto para interromper a incômoda sequência de três derrotas - inéditas na atual temporada, como para se manter dignamente no G-4. Começou o jogo perdendo para desânimo de sua torcida. Numa boa trama do ataque tricolor, o rápido Biro biro (xará do "craque" corintiano Biro-biro de cabeleira amarelo-ouro da década de 80) penetrou nas costas de Mattos e concluiu tirando do alcance de Jefferson depois de tabelar com Jean (2').

Menos mal que o Bota não demorou muito pra empatar. A bola cabeceada por Rafael Marques em cobrança de falta lateral de Seedorf encontrou a canela santa de Bolivar e entrou no cantinho do gol de Cavaliere que foi surpreendido pelo lance inusitado (13'). O zagueirão, que não joga o próximo jogo (Edilson e Gabriel também ficam fora), comemorou efusivamente o gol de empate ao lado dos companheiros como se fosse o início da virada. Não existe gol feio; feio é não fazer o gol, afirmou Bolivar ao sair para o intervalo citando o filósofo Dadá Maravilha, artilheiro atleticano da década de 70.

Com jogo empatado e um golzinho para cada lado, parece que as equipes estavam satisfeitas ao cumprirem o tratado mútuo de não agressão assinado na Conferencia Nacional da Mediocridade. Foram raras as chances de alterar o placar, todas sem muita convicção.

Em suma, foi um um clássico pobre, sem nenhuma grande jogada (o gol tricolor foi uma grande jogada?), sem nenhuma defesa importante, sem nenhuma bola na trave, sem nenhum candidato ao "cara da rodada", sem xingamentos da torcida, sem intervenções dos gandulas na partida, sem erro de arbitragem, sem técnico na corda bamba, sem recuperação de Lodeiro, sem grande exibição de Seedorf, sem presidente anunciando contratações, sem nada...


VÍDEO LANCE: Há quatro jogos sem ganhar Botafogo empata com Fluminense





Vamos pra próxima.

Por @Felipaodf/Botafogodeprimeira.com

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Tá na hora da virada


GUIA DA RODADA #25: Grêmio e Atlético-PR fazem briga pela vice-liderança, enquanto Botafogo tem clássico com o Fluminense e Santos recebe o São Paulo


Botafogo e Fluminense fazem clássico no
Maracanã
(Foto: Allan Torres / Ag. Estado)
É uma rodada atípica. A 25ª série de partidas do Brasileirão já começou na semana passada, com jogo antecipado entre Criciúma e Atlético-MG (empate por 1 a 1). O complemento, também excepcionalmente, começa nesta terça-feira, com o jogo entre os dois últimos colocados do Brasileirão, Ponte Preta e Náutico, já que a Macaca volta a jogar na quinta, para recuperar partida atrasada contra o Galo. A quarta-feira será marcada por clássicos regionais e duelos entre concorrentes diretos.

Destaque para o jogão entre Grêmio e Atlético-PR na Arena. O encontro é determinante na briga pela vice-liderança - e, quem sabe, por uma eventual caça ao Cruzeiro, cada vez mais líder. Fluminense e Botafogo fazem jogo muito importante no Maracanã, entre uma equipe em queda e outra em ascensão. Na Vila Belmiro, o Santos, ainda esperançoso de Libertadores, recebe o São Paulo, que não consegue se livrar das ameaças de queda.

Enquanto isso, o Cruzeiro tem chance de abrir ainda mais a distância latifundiária que o separa dos concorrentes. Já são 11 pontos de vantagem sobre o Grêmio, que pulou para o segundo lugar no fim de semana. A Raposa recebe a Portuguesa.

Comentários do blogueiro: Essa é a proposta do site da globo para os jogos da rodada e a cada semana destacamos aqui apenas a análise relativa ao do Botafogo que é o que nos interessa.
FLUMINENSE x BOTAFOGO
QUARTA, 21H - MARACANÃ


Os vetores de Fluminense e Botafogo vêm apontando para direções opostas na tabela: o tricolor para cima, o alvinegro para baixo. A inversão de perspectiva das duas equipes torna o clássico desta quarta-feira ainda mais interessante. Em bom momento, o Fluminense se permite sonhar com uma vaga na Libertadores, justamente aquilo que começa a preocupar o Botafogo, abalado por três derrotas consecutivas no campeonato. A distância entre as duas equipes, porém, ainda é considerável: nove pontos.

O Botafogo precisa vencer para não entrar na velha paranoia de ver tudo ir por água abaixo na reta final. O título, antes tão vivo, começa a parecer utopia - nas últimas três rodadas, a distância para o Cruzeiro aumentou em sete pontos. É um momento de questionamento interno, especialmente graças à queda de rendimento de atletas como Seedorf e Lodeiro.

No Flu, acontece o contrário. Já são sete partidas sem derrotas. Na 20ª rodada, a equipe estava em 16º, e agora já pulou para o oitavo posto. O time parece ter se encaixado na proposta de Vanderlei Luxemburgo, mas ainda precisa parar de sair atrás no placar, como vem acontecendo sistematicamente.

Na TV: Premiere FC, com Eduardo Moreno e Edinho.

Arbitragem: Sandro Meira Ricci (PE), com Alessandro Rocha de Matos (BA) e Emerson Augusto de Carvalho (SP).

Você sabia que... este é o quarto duelo entre as equipes em 2013? E o Fluminense não venceu. Foram duas vitórias do Botafogo (1 a 0 na final da Taça Rio e outro 1 a 0 pelo Brasileirão) e um empate (1 a 1 pelo Carioca).
Comentários do blogueiro: A rodada passada era propícia para o time carioca diminuir a diferença para o líder e deu no que deu. De novo o Botafogo escorregou feio em casa. Dessa vez caiu pra Ponte e ainda viu o Grêmio chegar junto pra assumir a 2a. colocação depois de vencer o São Paulo, no Morumbi. O Cruzeiro deslanchou ao vencer o Inter, lá no sul, e colocou 11 pontos de diferença para o segundo colocado.

O Bota precisava vencer esse jogo principalmente pra interromper o ciclo de maus resultados que engatou no returno do campeonato. A derrota de sábado por 1 a 0 pra Macaca foi a terceira seguida dessa fase, fato inédito em toda a temporada. Vários são os fatores alegados para a baixa produção do time como o cansaço e falta de tempo pra treinar, mas a queda de rendimento de jogadores importantes como Lodeiro e Seedorf e notória e parece que não tem data para acabar. Mesmos os jovens que vinham se destacando na campanha caíram de produção, como é o caso de Dória, Gabriel e Hyuri.

Vamos seguir em busca da recuperação e quem se põe à nossa frente é o Tricolor carioca a quem vencemos no turno (1 a 0) e também no estadual. Os jogadores alvinegros elegeram o clássico como a partida ideal pra iniciar uma virada mesmo com o Flu estando a sete jogos sem perder e ocupar a parte alta da tabela (8o.). Vai ser um jogo franco com possibilidades para os dois lados.

Elias continua de fora se recuperando de lesão. Hyuri, que o substituiu no último jogo, cumpre suspensão. Essas baixas renovam as chances de Henrique pintar como titular e justificar sua contratação. Nesse caso, R. Marques volta a atuar mais recuado. Renato também continua de fora e Julio Cesar deve voltar ao time no lugar de Lima que foi muito mal substituindo o titular. O restante da equipe deve ser a mesma que perdeu para a Ponte na rodada passada.

Escalações:

Botafogo: Jefferson, Edilson, Bolívar, Dória e Julio Cesar; Marcelo Mattos, Gabriel, Lodeiro, Seedorf e Rafael Marques; Henrique.

Fluminense: Diego Cavalieri, Rafinha, Gum, Leandro Euzébio e Carlinhos; Edinho, Jean, Wágner e Felipe; Biro Biro e Sobis.

Boa sorte Fogão!


Por @Felipaodf/Botafogodeprimeira.com

domingo, 29 de setembro de 2013

Alguém pode explicar?




Definitivamente, o Botafogo não gosta de seguir roteiros pré-estabelecidos. Era consenso entre imprensa e torcedores que os dois compromissos iniciais da sequência de jogos em casa contra Bahia e Ponte Preta eram ideais para esquecer a derrota amarga para o Cruzeiro, em Minas, e se aproximar do líder. Esse por sua vez, supostamente teria compromissos muito mais difíceis - Corinthians e Inter - fora e casa. Pois bem, o Cruzeiro fez sua parte e saiu do outro lado das supostas barreiras revigorado, com um empate e uma vitória. Custava aos jogadores alvinegros se concentrarem nessa missão perfeitamente possível e ganharem esses jogos em casa como estava escrito no roteiro?

Mas o Botafogo, amigo, é o Botafogo. Não só deixou de vencer diante de sua torcida como foi derrotado nas duas partidas sem conseguir praticar um futebol minimamente razoável que pudesse merecer sair com um melhor resultado.


É preciso lembrar que, assim como para o Cruzeiro, foram derrotas com erros grosseiros de arbitragem. Contra a Raposa (0 a 3), ela foi encaminhada com um pênalti de Bolivar mal marcado no meia Éverton Ribeiro que trombou com o zagueiro depois de patinar no gramado molhado. Contra o Bahia (1 a 2), meodeos: o gol de misericórdia foi feito por Obina em completo impedimento ao escorar de cabeça uma cobrança de falta e, contra a Ponte (0 a 1), outro absurdo. O árbitro marcou pênalti do lateral Lima numa disputa dentro da área em que o jogador ponte-pretano simplesmente pisou na bola e se esborrachou no chão. O auxiliar de linha estava a 1 metro do lance e foi incapaz de denunciar a simulação. E essas ocorrências não mereceram maiores destaques na imprensa em razão das atuações bisonhas do time que acabaram chamando mais a atenção, notadamente nos últimos dois jogos.

*Nem vamos citar o jogo de meio de semana pela Copa do Brasil contra o rival carioca (1 a 1) que marcou seu gol num toque irregular de mão.

Vivemos uma situação inexplicável que não encontra amparo nas justificativas do treinador alvinegro quando atribui a queda de rendimento somente ao cansaço e a falta de tempo para treinar já que essas circunstâncias afeta todos os demais competidores que não dispõem, como a gente, de elencos numerosos. É o caso de Ponte e Bahia. O time do primeiro turno sumiu depois que os salários foram colocados em dia e só alguém que vive e conhece o dia-a-dia do clube poderia explicar o que está acontecendo. Alguém aí está disposto?

Com os resultados da 24a. rodada, o Cruzeiro, que venceu o Inter no sul, está cada vez mais líder (53), agora seguido pelo Grêmio (42) que venceu o São Paulo, no Morumbi. O time gaúcho tomou a posição do Botafogo que estacionou nos 42, e perdeu a vice liderança no saldo de gols. O Atlético-PR (41) perdeu para o Vitória em casa e completa o G-4.


Por @Felipaodf/Botafogodeprimeira.com