quarta-feira, 26 de junho de 2013

Raulino de Oliveira, um caldeirão sem fogo



O Raulino de Oliveira é um Caldeirão sem fogo. Ganhamos todas as partidas disputadas lá mas quase sempre com pouca torcida. A única exceção foi o jogo final contra o Fluminense, pelo Cariocão. Até mesmo na hora de comemorar um gol os jogadores ficam sem jeito. Falta uma coisa essencial: fervura. Pelo menos foi essa a impressão deixada no último jogo do time no estádio quando venceu o Cruzeiro por 2 a 1 diante de pouco mais de 2.600 pagantes, com renda de 89 mil.

Antes da derrota pro Bahia em Aracaju, pelo Brasileirão, jogar em Volta Redonda era considerado um fator preponderante para a longa invencibilidade de 19 jogos do time na temporada. O Botafogo ganhou todos os nove confrontos disputados no estádio, escolhido como nova casa desde que o Engenhão foi interditado pela Prefeitura do Rio no dia 26 de março por causa de supostos problemas em sua cobertura.

Na retomada das competições nacionais com o término da Copa das Confederações, o Bota volta ao Raulino. O jogo contra o Figueirense pela terceira fase da Copa do Brasil está marcado para próxima quarta-feira, dia 3, às 21:50, horário definido pela TV. 

Por ser um jogo de meio de semana, à noite, e considerando-se a distância entre Volta Redonda e a Capital, a previsão é que o time jogue novamente para poucos torcedores a despeito da importância da partida para as suas pretensões na competição. Resultado: perspectiva baixa de público, pouco incentivo das arquibancadas e mais prejuízo para o clube que atravessa uma grave crise financeira. Novamente teremos que pagar pra jogar quando o lógico seria o contrário.

Caso esse mando de campo fosse exercido em alguma cidade do Nordeste ou mesmo em Brasília - locais onde o clube conta com grande massa de torcedores - e mesmo sendo o adversário um clube com baixo apelo popular, os fatores impeditivos para a presença da torcida em Volta Redonda seriam minimizados e a possibilidade de conseguir uma vitória com diferença superior a um gol seria muito maior. 

No jogo em Aracaju cujo mandante era o Bahia, a torcida botafoguense compareceu em peso e foi maioria no estádio, apesar da proximidade com Salvador. O Batistão recebeu quase 14 mil torcedores que, apesar da derrota inesperada, incentivaram o time até o fim.

Em abril (17) o Botafogo esteve em Brasília para enfrentar o Sobradinho pela Copa do Brasil (0 a 0) e colocou quase 15 mil torcedores no Bezerrão, estádio que fica na cidade-satélite do Gama, afastada 40 Km de Brasília. Se a partida contra o Figueira fosse programada para o novo Mané Garrincha, no centro da Capital, o Bota jogaria para um público superior a 25 mil, fácil, fácil. 

Não sei os valores dos ingressos para o jogo em V. Redonda, mas no Mané poderia-se cobrar preços entre 40 e 80 reais e mesmo assim teríamos um grande público presente, com possibilidades de renda superior a 1 milhão de reais. Nada mal para esses tempos de seca que o clube atravessa. 

Para um jogo do porte de Bota e Flu, programado para o dia 7 de julho, com mando de campo também do Alvinegro, poderia-se duplicar essas previsões e logicamente os lucros. Mas, infelizmente não é assim que as coisas funcionam e ninguém vem a público explicar porque.

A saudade de ver o Bota em campo é grande e estamos torcendo (de longe) para que isso sirva de motivação aos torcedores para que compareçam no maior número possível e prestigiem o time nesse importante compromisso. Precisamos fazer o resultado "em casa" e buscar o que nos interesse no jogo de volta, em Floripa.


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