Com a venda de seis atletas neste meio do ano, Botafogo se enfraquece para a sequência do campeonato
De todas as baixas do elenco relativas às negociações no mercado de meio de ano, o Botafogo só lamentou a de Vitinho. As demais eram programadas e representaram medidas emergências visando encarar a grave crise financeira que assola o clube, substancialmente agravada pelo fechamento do Engenhão.
Com a corda no pescoço e tendo que conviver com penhoras e cobranças de todos os lados, os dirigentes tiveram que usar a única arma que conhecem para fazer caixa com rapidez: vender jogadores.
No fechamento da janela internacional ontem, o balanço mostra a entrada de substancial aporte de recursos nos cofres alvinegros e um alívio proporcional na folha de pagamentos. Em compensação, teremos que conviver com um elenco bastante reduzido para a sequência da temporada onde nos aguardam compromissos dificílimos pela Copa do Brasil e Brasileirão.
Ao todo, seis jogadores foram negociados o que representou uma redução na folha de 15%. Nesse mesmo período tivemos a reincorporação de Alex e as chegadas Elias, Dankler e Hyuri, jovens apostas que marcam a nova filosofia de contenção de despesas. Pelo visto, nenhum deles reúne condições de assumir vagas no time titular a curto prazo.
Só pra lembrar, perdemos atletas do quilate de Fellype Gabriel, Andrezinho, Jadson, Antônio Carlos, Henrique e Vitinho que, apesar de representarem uma redução da folha de R$ 555 mil por mês, dois deles - F. Gabriel e Vitinho - eram titulares absolutos que não terão reposição.
Disso tudo, o único arrependimento do Botafogo foi não ter segurado Vitinho pelo menos até o final da temporada pelas razões conhecidas de todos. O clube foi surpreendido pelo ataque do CSKA que depositou o valor da multa rescisória de 10 milhões de euros (R$ 31,6 milhões) e levou o jogador. Vitinho vinha sendo o destaque do time no Brasileiro e era sério candidato à revelação do campeonato.
Com a estratégia de venda de jogadores e aumento das rendas nos últimos jogos, o clube já conseguiu quitar grande parte dos compromissos salariais e de premiação com os jogadores, o que deve ser elogiado. O que não agrada nem um pouco a torcida é o enfraquecimento do elenco sem a devida reposição, pois enxergava nele, possibilidades reais de conquistas nas competições nacionais.
Resta a esperança que o treinador Oswaldo de Oliveira reinvente o time (de novo) e encontre uma solução dentro do empobrecido elenco para a vaga de Vitinho, que substitui F. Gabriel muito bem. Se não fosse o bastante a situação ainda pode piorar já que nas próximas três rodadas não contaremos com Jefferson e Lodeiro, servindo às suas seleções.
Saudações!
Por @Felipaodf/Botafogodeprimeira.com
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