Camilo, que recebeu o prêmio de melhor em campo, abriu
o caminho para a vitória do Botafogo por 2 a 0
(Montagem: @Esp_Interativo)
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O resultado - inesperado para a mídia especializada, contras e muitos alvinegros - quebrou tabus e é mais um ato de superação do time alvinegro na sequência de vitórias sobre adversários tradicionais.
Essa jornada pelo título inédito na competição começou no início de fevereiro com a disputa de vaga na segunda fase contra o Colo-Colo (campeão de 1991). Passamos pelos chilenos e fomos diretos para a terceira contra outro gigante, o Olímpia (tricampeão do torneio em 1979, 1990 e 2002). Superamos os paraguaios e chegamos triunfantes à fase de grupos. Moleza? Nada disso... Lá nos esperavam times da grandeza de um Estudiantes (vencedor Copa em 1968, 1969, 1970 e 2009) e o próprio Atlético Nacional (atual campeão e detentor do título também em 1989). Pois bem, vencemos os argentinos no Nilton Santos por 2 a 1 e surpreendemos os simpáticos colombianos na casa deles, ontem, com uma vitória por 2 a 0. O mais "modesto" desse grupo, o Barcelona de Guayaquil, nosso próximo adversário, também venceu os dois adversários e lidera o Grupo 1 ao lado do Glorioso com 6 pontos.
O dito tabu era tão significativo que, até o feito memorável de quinta-feira, o Botafogo não havia vencido um adversário jogando fora do país nos últimos 24 anos. Na Libertadores que pouco frequentou, já se passavam 44 anos sem uma única vitória.
Grupo da Morte: Eu, o Botafogo, sou a morte (Arte: Internet) |
Classificação do Grupo1 da Libertadores. Botafogo lidera ao
lado do Barcelona de Guayaquil (Arte: @SporTV) |
No primeiro deles, uma jogada nascida de exaustivos treinamentos (o grupo passou um mês inteiro aperfeiçoando aspectos físicos, técnicos e táticos no intervalo entre os jogos da Libertadores). Camilo iniciou a jogada no campo de defesa e lançou Pimpão pela esquerda. O falso ponta avançou em velocidade e serviu o camisa 10 que já se encontrava próximo à área colombiana. O meia rolou para João Paulo deslocado pela direita e esse, lembrando as assistências precisas de Luis Ricardo, jogou a bola na cabeça de Camilo de frente para o goleiro. A cabeçada saiu precisa e Camito, aos 39', voltou a marcar depois de sete meses de jejum. Nada mal depois da semana turbulenta vivida pelo jogador.
No segundo, outro jogada de manual. Numa dividida forte entre Lindoso e um oponente atleticano, a bola espirrada encontrou Guilherme na intermediária. Pela meia-esquerda, o atacante, que havia entrado no lugar de Pimpão que deixara o campo com dores na virilha, partiu para cima do marcador e, lembrando Jobson nos bons tempos, quebrou para dentro deixando-o sem ação. Passava dos 47' do 2o. tempo quando o atacante concluiu com precisão. Emocionado, Guilherme comemorou o seu primeiro gol com a camisa do Botafogo marcado justamente no dia do seu aniversário.
Domingo tem Botafogo e Vasco na decisão da Taça Rio no
Estádio Nilton Santos (Montagem: @FoxSports_br) |
Sendo assim, parte da delegação segue em voo direto para a cidade equatoriana enquanto nove jogadores e o técnico Jair Ventura embarcam de volta ao Rio para o compromisso contra Vasco, na disputa final da Taça Rio.
Os que ficaram no Rio treinaram na manhã desta sexta-feira no campo anexo do Nilton Santos e aguardam a chegada da delegação no sábado para tomarem conhecimento da estratégia a ser utilizada pelo técnico na decisão contra os cruzmaltinos. Jogadores como Renan Fonseca e Matheus Fernandes devem integrar o time ao lado dos reforços que retornam de Medellín como Helton Leite, Igor Rabello, Fernandes, Gilson, Bruno Siva, Dudu Cearense, Leandrinho, Guilherme e Sassá.
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