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Depois dos treinos no Rio, o Botafogo embarcou para Curitiba na noite dessa terça-feira onde, amanhã, entra em campo para o duelo contra o Athetico-PR na Arena da Baixada. O jogo marca o confronto de duas equipes com pouquíssima intimidade com as vitórias. O Athetico (2V), em crise de existência, está há seis partidas sem vencer enquanto o Botafogo (1V) não vence há quatro jogos.
Sem transmissão regular pela TV (o mandante não tem contrato com a Globo e nem conseguiu autorização para veicular a partida no seu canal particular), o jogo válido pela 9a. rodada, tem seu início programado para 17h30, ainda sem a presença da torcida.
O Glorioso vem de uma partida muito boa contra o Corinthians em SP em que deixou a vitória escapar por detalhes frustante sua torcida enquanto o CAP fez uma boa partida contra o Vasco no Rio e mesmo assim foi derrotado.
Na campanha apenas mediana, o Bota, com um jogo a menos, enfrentou Red Bull Bragantino fora (1 a 1); não passou de um 0 a 0 contra o Fortaleza no Castelão; surpreendeu o Galo com a vitória por 2 a 1 no Nilton Santos; ficou no empate em 1 a 1 contra o Flamengo levando gol nos acréscimos; na 6a. rodada perdeu a invencibilidade de dez jogos sob o comando de Autuori contra o Inter (2 a 0); não passou de um empate sem gols contra Coritiba jogando em casa pela 7a. e; agora esse empate frustrante de 2 a 2 contra o Corinthians deixando a vitória escapar também nos acréscimos (47'/20.T). Registra-se ainda, nessa sequência, a importante vitória de 2 a 1 sobre o Paraná no começo de agosto, pela CdoB.
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Com mais esse empate, o Botafogo passou da 13ª posição no começo da rodada para a 15a. com oito pontos em sete jogos, um a mais do que o próprio Athletico que tem sete em oito jogos e do Coritiba, contra quem não passamos de um empate (0 a 0), que abre a zona de rebaixamento com a mesma pontuação.
O G-6 tem a liderança isolada nas mão do Inter com 17 pontos e oito jogos, seguido por São Paulo (16), Atlético-MG (15) com um jogo a menos, Vasco (14) com um jogo a menos, Flamengo (14) em oito jogos e Palmeiras (13) e um jogo a menos.
Agora, nossa referência de análise passa a ser o bom jogo diante do Corinthians na Arena, o melhor dessa sequência na competição.
Botafogo fez seu melhor jogo no campeonato e isso parece ser consenso entre analistas e torcida mas o empate do adversário no final, nos tirando uma vitória que parecia certa, se mostrou frustrante para os alvinegros em razão das circunstâncias em que ocorreu. Jogando em casa, agora com nome próprio de Neo Química e muita grana no bolso, e com outros tantos ingredientes que envolviam a partida, fizemos um primeiro tempo envolvente e propositivo considerando nossos problemas crônicos: preparação física, desfalques, carências no banco e elenco curto.
Com uma estratégia de jogo bem definida por Autuori (no sábado houve e devemos louvar que tenha tido) e executada com vontade pelos jogadores, o Bota dominou as ações ofensivas e já podia estar na frente do placar desde o início da partida. Com a marcação perfeitamente encaixada, fomos bem mais perigosos que o adversário correndo poucos riscos.
Mas mesmo assim, quem marcou primeiro foram eles, aos 11 minutos. Para variar, a arbitragem interferiu no resultado da partida ao marcou um pênalti inexistente de Marcelo sobre Gustavo que, usando o convencimento aleatório peculiar, foi "confirmado" pelo VAR. A penalidade foi convertida por Fágner colocando o 1 a 0 no placar. Mas, nem mesmo isso abalou o nosso grupo que manteve a pegada e foi atrás prejuízo.
Dez minutos depois (21'/1o.T) o time carioca conseguiu a virada com gol de Bruno Nazário cobrando falta direta no gol que surpreendeu o goleiro Cássio e Kalou (29'/2o.T), em jogada individual. Era o 2 a 1!
Salomon Kalou recebeu um passe na medida de Rhuan e, com um drible de corpo inusitado, deslocou o marcador e concluiu no canto oposto mandando a bola fora do alcance do goleiro. Já muito estafado a essa altura, o marfinense ainda teve pique e mostrou categoria ao marcar seu primeiro gol com a camisa alvinegra, já no seu segundo jogo pelo clube.
No fim, quando tudo parecia decidido, o Corinthians, após ter um gol anulado de Otero por falta de Jô em Marcelo Benevenuto - lance revisado pelo VAR, conseguiu a igualdade nos acréscimos (47'/2o.T) em bobeira generalizada da defesa alvinegra com contribuição decisiva dos homens que faziam o meio mais à frente.
Nossa preocupação estava dita no twitter antes mesmo do ocorrido (@FelipaoBfr nos acompanhe lá): "Agora é torcer para que eles mantenham essa pegada até o final por que o preparo deficiente somado ao desgaste da sequência de jogos (jogando quarta e sábado ou domingo) preocupam. Jogadores como Honda e Nazário e agora Kalou, que ainda não está pronto, sempre morrem antes do final".
É... mas não deu tempo e a tragédia de levar gol decisivo nos acréscimos se consumou. "Fim daquele que seria o melhor jogo do Botafogo no campeonato, até melhor do que o jogo contra o Galo... mas não dá pra admitir levar gols quando falta 2 ou 3 minutos pro final e entregar o resultado que era muito bom. É a segunda vez em pouco tempo... foi assim contra o flamengo!"
Ainda nessa linha, veja a preocupação que tomou conta da torcida. Vide o diagnóstico perfeito e sucinto do @RodFerreiraBFR, também no twitter, no calor do jogo: "O problema de não ter peças de elenco hoje foi gritante. A diferença dos bancos fez a diferença no jogo".
Lembramos: "Certo... Mas com Marcinho, V. Luis, Pedro Raul e L. Henrique em forma já teríamos um gordura... O grande problema dessa fase é o elenco curto, sem opções, e o desgaste crônico que no Bota parece sempre maior. Os caras não aguentam dois tempos nesse ritmo."
E ainda, sobre a atuação do Autuori na partida e as modificações: "A culpa não é dele meu caro, não temos banco. O time cansa e temos que colocar os moleques que ainda não estão prontos. Precisa de uma orientação melhor dos veteranos em campo pra conseguirem segurar o resultado. Falta essa liderança pra colocar a bola de baixo do braço e acabar o jogo!". Completando: "Grande problema dessa partida no momento: o Corinthians tem banco e vai mexendo coisa que nós não temos. Vamos na fé..."
Clique no link e veja o que escrevemos no post de pré-jogo contra o Coxa: "Depois do empate frustante em casa, BOTAFOGO encara o Corinthians na Arena buscando a reabilitação" e, não fosse uma bobeira geral no final do jogo, estaríamos agora festejando uma vitória e uma melhor colocação: https://bit.ly/358g0Jm
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| BOTAFOGO escalado do duelo contra o Corinthians para comparação. Vamos! |
Notícias que nos chegam dão conta de que Victor Luis voltou aos treinos hoje e deve começar o jogo contra o CAP. Essa notícia é alvissareira em razão da importância do jogador para o time e sua postura frente ao grupo. O lateral ficou afastado por duas semanas se recuperando de cirurgia no apêndice. Ainda mais agora depois que foi confirmado a lesão importante de Guilherme Santos, até então domo da posição, que afastará o jogador pelo menos trinta dias.
Por outro lado, as ausências de Pedro Raul e Luis Henrique parecem confirmadas depois de ficarem ausentes do confronto contra o Corinthians. Mesmo que não voltassem ao time para começar o jogo, a presença dos dois seria importante e já qualificaria nosso banco que no último jogo quase não tinha opções de peso.
É o caso do volante Rentería, que foi incorporado ao elenco a pouco tempo, treinou durante a semana com o grupo, foi regularizado hoje na CBF e relacionado por Autuori para o jogo. Mesmo que ainda não tenha condições plenas de jogo no aspecto físico, será uma presença de peso no nosso banco com grandes possibilidades de estrear.
Dentre todas, a baixa mais importante pro time é do meia Keisuke Honda que, conforme esperado, será poupado por Autuori visando os próximos compromissos importantes pelo BR e Copa do Brasil. Com isso, o volante Luis Otávio deve ser o escolhido para ocupar a vaga.
Depois de uma partida em alto nível, o trio do meio-campo formado por Caio Alexandre, Kaisuke Honda e Bruo Nazário que havia engrenado de vez, será desfeito. Tanto Honda quanto Caio bloquearam as ações de ataque do Corinthians com classe e eficiência, e chegaram muito bem na frente com lances decisivos que, via de regra, levaram perigo ao gol de Cássio. Evidentemente Luis Otávio não tem essa capacidade e nossas possibilidades no setor voltam a ficar bem limitadas apesar do vigor físico e dinâmica do substituto.
A boa articulação do trio completado por Nazário deram outro dinâmica à dupla de avantes Babi e Kalou e estiveram várias vezes na linha de tiro contra Cássio. O meia, destaque do Carioca no começo da temporada, parece ter recuperado a confiança e a forma nesse jogo, inclusive sendo um dos artilheiros da partida quebrando o jejum, como havia sido também no Estadual. O campeonato começou pra ele nesse jogo depois de jogos inexpressivos e uma fadiga que irritava o torcedor. As más atuações lhe valeram o banco de reservas na maioria dessa trajetória.
Outra baixa confirmada é a do lateral Fernando que testou positivo para Covid-19 e permanece de quarentena até segunda ordem.
Com a estrutura de defesa sendo mantida qualquer que seja o esquema, a equipe deve começar o jogo com: Gatito Fernandéz; Kevin, Marcelo Benevenuto, Rafael Forster, Kanu e Victor Luis; Luis Otávio, Caio Alexandre e Bruno Nazário, Kalou e Matheus Babi.
Segundo o técnico interino Eduardo Barros, a equipe vem evoluindo em seu desempenho. Foi regular contra o Bragantino, teve um controle quase absoluto diante do Vasco mas precisa de um tempo de adaptação. "Trabalho não está faltando e estamos buscando soluções", disse.
Por conta dos elogios, o treinador deve manter a formação do último jogo diante do Botafogo.
FICHA TÉCNICA:
ATHLETICO-PR X BOTAFOGO
Local: Arena da Baixada, em Curitiba (PR)
Data: 9 de setembro de 2020, quarta-feira
Hora: 17h30 (de Brasília)
Árbitro: Vinicius Gonçalves Dias Araujo (SP)
Assistentes: Marcelo Carvalho Van Gasse (SP) e Miguel Cataneo Ribeiro da Costa (SP)
VAR: Braulio da Silva Machado (SC)
ATHLETICO: Santos, Erick, Lucas Halter, Pedro Henrique e Márcio Azevedo; Richard, Christian e Léo Cittandini; Geuvânio, Fabinho e Bissoli
Técnico: Eduardo Barros (interino)
BOTAFOGO: Gatito Fernández, Kevin, Marcelo Benevenuto, Rafael Forster, Kanu e Victor Luis; Luis Otávio, Caio Alexandre e Bruno Nazário; Kalou e Matheus Babi
Técnico: Paulo Autuori
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