quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Bota enfrentou o Goiás, em Brasília, pelo 1o. turno. Você lembra como foi?

*Post publicado no blog do Felipaodf em 12/08/2013, após o jogo do Bota, em Brasília (Eu estava lá, misturado com a galera)




Saímos do Mané Garrincha frustrados com o resultado e mais ainda com o desempenho do time. Jogamos muito abaixo das nossas possibilidades mesmo levando-se em conta as ausências de jogadores importantes para o esquema.

As dificuldades em lidar com os desfalques foram maiores do que as previstas. Coletivamente o time sentiu muito e sobraram problemas na cobertura do setor defensivo, na saída de bola e também na criação das jogadas. Quase nada deu certo em campo. No final, um empate sem graça (1 a 1) em que o melhor do Bota foi o goleiro Jefferson e o melhor da partida, disparado, o atacante esmeraldino 
Walter que quase saiu de campo consagrado ao mandar um balaço na trave alvinegra pouco antes do final.
Uma derrota para o Goiás em “casa”, a essa altura do campeonato, seria cruel para a torcida que compareceu em bom número ao estádio (mais de 23 mil) e desastroso para as pretensões do clube na competição.

Com o fechamento da rodada no domingo, em que o Coxa foi derrotado pelo Vasco jogando em casa e o Cruzeiro não passou de um empate sem graça contra o Santos, no Mineirão, o nosso resultado acabou sendo absorvido pela falta de força dos concorrentes diretos. Dessa forma, a luta pela liderança continua na quinta, contra o Inter de D'Alesandro e Damião. A torcida terá um papel fundamental nesse reencontro com o time marcado para o Maracanã.

No jogo de Brasília faltaram Bolívar, Gabriel e Lodeiro: jogadores sem substitutos à altura no atual elenco alvinegro. Com as ausências, o time andou perdido em campo. A falta de coordenação entre as linhas era evidente e nem Seedorf, que voltava ao time à meia-boca, conseguiu amenizar. O time deu sinais de fadiga antes mesmo da metade da partida. Era visível o desgaste de alguns jogadores em razão da dura sequência de jogos e viagens. Rafael Marques, Seedorf e Julio Cesar foram os que mais sentiram. Somente o meia chegou ao final do jogo sem ser substituído. Resultado: não conseguimos conter o Goiás em seu campo (que nem forçou muito a barra) como vinha sendo feito com todos os adversários até aqui, independente de jogarmos dentro ou fora de casa.

Como agravante, ainda tivemos que conviver com o baixo rendimento técnico de André Bahia (visivelmente nervoso na condição de substituto de Bolívar) e Renato (permanentemente sem ritmo de jogo). Era muito para uma partida só. Canhoto, assim como Dória, Bahia foi escalado pra jogar pela direita da zaga. Mostrou muita dificuldade em sair jogando e acabou produzindo o lance bisonho do empate dos goianos ao tentar cortar um cruzamento a meia altura com a perna direita (Rafael Marques abriu o placar aos 6'/2o.T). A bola resvalou na sua canela e foi direto ao gol sem que Jefferson pudesse alcança-la (23'/2o.T). Saiu arrasado. Fazer o que?


Veja os melhores momentos da partida





Entranhei o fato do time entrar com uma marcação relaxada e postado na intermediária à espera de um lampejo de Vitinho lá na frente. E o que se viu foi o gordinho Walter infernizando nossa defesa. O atacante ganhava todas as bolas invariavelmente direcionadas a ele e foi seguidamente parado com faltas. Essa foi a tônica do jogo e a melhor arma do Goiás.



Com os três desfalques e com Seedorf a meia boca, o time realmente sentiu. E poucos não sentiriam: somente os que têm elencos fortes como o Cruzeiro, Atlético, Corinthians e os times do sul conseguiriam manter o padrão. O Botafogo é competitivo pela força de seu conjunto e lampejos de alguns de seus jogadores a cada partida.


Depois dessa experiência, o diagnóstico para o restante da trajetória parece claro: com o time titular - com uma ou outra modificação - temos chances de alcançar alguma coisa dentro do G-4, inclusive o título; do contrário vamos, na base da sorte, repetir a posição do ano passado. 

Continuamos mal de atacantes e novamente perdemos muitas chances de matar o jogo após a abertura do placar. Não sei por culpa de quem, mas não é falta de planejamento e sim de estrutura financeira do clube pra bancar um elenco mais forte. E as coisas ainda podem piorar com a retomada da Copa do Brasil que tem seu reinício programado para o meio da semana que vem. Mas isso é pra depois. O negócio agora é recuperar os estafados e contar com a volta de Bolívar e Gabriel pra reequilibrar o time. Jefferson na seleção e Gilberto suspenso não jogam e devem ser substituídos por Renan e Edilson.

É com eles que vamos buscar o que é nosso. A liderança é logo ali.

domingo, 27 de outubro de 2013

O carrinho de Seedorf


Nada melhor do que enfrentar um freguês de caderno para afastar a possibilidade de crise




Botafogo bate o Atlético-MG no 
Rio e assume terceira colocação 
(Foto: Ricardo Ramos/ LANCE!Press)
Foi uma boa vitória do Fogão. O time alvinegro deu mostras que vai se recuperando do duro golpe de quarta-feira pela Copa do Brasil. Voltou a vencer no Brasileirão depois de duas rodadas - derrota para o Vitória e empate com o Vasco. Ainda vai demorar pra torcida esquecer a eliminação vexaminosa na competição nacional, diante do maior rival e sem esboçar qualquer reação, quando a chance de chegar às finais era real. Mas a vida continua e o que nos resta agora e assegurar a vaga no G-4 que pode nos levar à competição continental - uma espécie de compensação diante do fracasso pela busca dos dois títulos nacionais.

E nada melhor para Alvinegros do que enfrentar o Atlético-MG em momentos de pré-crise. Ainda bem que a bendita escrita contra o Galo, que não vence o Glorioso no Maracanã já dura 27 anos (8 partidas), continua. Com esse jogo, foram 4 confrontos diretos com 2 vitórias do Glorioso e 2 empates. Com o resultado, o Bota assumiu a 3a. posição na tabela com 53 pontos, a mesma pontuação do Grêmio que está em 2o. com um gol a mais de saldo. Caso o time gaúcho e o Furacão não vençam seus jogos no domingo, o Bota assume a vice-liderança e dá mais um passo para a conquista dessa vaga.

O jogo foi equilibrado com mais posse de bola do Botafogo e poucas jogadas de ataque. Mesmo assim, levamos mais perigo ao gol adversário. Na primeira delas, Alex perdeu gol feito ao chutar pra fora demonstrando nossa absoluta carência nessa posição em toda a temporada. Em outra jogada o Bota só não abriu o placar porque o zagueiro atleticano tirou a bola em cima da linha. Edilson era nossa melhor opção de saída de bola e quase marca batendo falta que tirou tinta do travessão de Vitor.

No 2o. tempo finalmente saiu o gol (6'/2o.T). Julio Cesar, que fez boa partida, tabelou com Gabriel dentro da área e chutou duas vezes até marcar. Em desvantagem no placar, o Galo veio pra cima mas sem muita inspiração. Perdemos várias chances de matar o jogo nos contra-ataques por falta de capricho no passe final, um erro recorrente do time nos últimos jogos. Lá atrás, Mattos, Bolivar e Dória seguraram o ímpeto dos atacantes atleticanos que, quando levaram vantagem, pararam nas mãos de Jefferson, novamente um "paredão".

De tudo, há de se destacar um lance que arrancou aplausos da "multidão" (apenas 6,5 mil pagaram pra ver o jogo). Falo de um carrinho de Seedorf na lateral do campo que deu bem a dimensão da disposição do meia e do time em vencer o jogo. Seedorf voltou a vibrar em campo, resgatando aquela vontade de vencer do começo de temporada e que faltou na fatídica derrota de quarta-feira. O meia fez uma boa partida (nada de excepcional) e saiu aplaudido (23'/2o.T), substituído por Lodeiro. No final, o holandês elogiou a capacidade de reação do time e a união pela vaga na Libertadores.

Veja os melhores momentos da partida