sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Precisando reagir, Botafogo vai à Salvador encarar o Bahia pelo Brasileirão




Reagir, treinar e voltar mais forte. Vamos, Botafogo, que ainda
 tem muita coisa este ano! (Botafogo de Futebol e Regatas)
Definitivamente, essa foi a semana mais frustante do ano para torcedor alvinegro. O time esteve envolvido na disputa de vaga na final da fatídica Copa do Brasil contra o maior rival do Rio e foi eliminado de maneira bisonha. Não passou de um empate sem graça (0 a 0) no jogo de ida, no Nilton Santos e foi derrotado por 1 a 0 no jogo de volta, no Maraca, interrompendo o sonho de uma conquista inédita para o clube.

E para completar os dias inglórios, no intervalo entre os dois jogos decisivos, o time reserva foi derrotado pela modesta Ponte Preta por 2 a 0, no Estádio Moisés Lucarelli, pela 21a. rodada do Brasileirão.

Nos três jogos houve erro de estratégia dos comandados de Jair Ventura. Mesmo envolvendo duas competições distintas, disputadas ora com os titulares, ora com os reservas, o time se mostrou excessivamente tímido diante dos adversários parecendo ter apenas o empate como meta. Isso depois de jogos memoráveis contra o Galo (CdoB) e Nacional-URU (Libertadores) no sistema mata-mata em que buscou a vitória a todo custo já que era o resultado que precisava. Com baixa criatividade no último terço do campo (exceção feita ao 1o. tempo do jogo em Campinas) o time preferiu investir no ferrolho defensivo como tática. Atraiu os adversários perigosamente para o entorno de sua área e arriscou os resultados ao brigar apenas por empates.

Aos trancos e barrancos, a tática covarde deu certo no primeiro jogo contra o Flamengo, ia dando contra a Ponte até o início da etapa complementar e deu muito errado no 2o. jogo contra o time da Lagoa que conseguiu a vitória na metade do 2o. tempo, num Maracanã tomado por 90% de rubro-negros.

Contra a Macaca, o jogo, disputado em campo pesado por causa da chuva, não foi dos melhores mas, mesmo assim, tivemos algumas chances de abrir o placar com Léo Valencia. Mas foi a Ponte quem primeiro marcou. Emerson Sheik, aos 12 minutos, mandou um chute certeiro pro gol após cobrança de escanteio. O Botafogo empatou com Brenner, de pênalti, ainda no primeiro tempo (20') mas levou o segundo, já no fim do jogo. Emerson Sheik marcou de novo aos 43', dando a vitória aos campineiros.


Veja o que escrevemos no post de pré-jogo: BOTAFOGO foca no Brasileiro e busca vitória contra a Macaca em Campinas...


Já no primeiro clássico contra o Flamengo, o Botafogo respeitou o adversário mais do que devia. Parecia que o foco era não sofrer gols e levar o jogo em banho-maria para que, com o 0 a 0 garantido, ir para a segunda partida com a vantagem do empate com gols. Essa estratégia tirou muito do brilho da equipe que jogava diante da torcida e não aproveitou o apoio do início ao fim do jogo. Esperávamos mais do time, ainda mais depois das exibições convincentes diante do Galo mineiro pela mesma CdoB (3 a 0), do Nacional do Uruguai pela Libertadores (2 a 0), ambas no Nilton Santos.

Faltou emoção. O Botafogo não arriscou em nenhum momento e fez uma das exibições mais pobres dos últimos tempos. Pior até do que em certas derrotas na temporada. Priorizou a marcação em seu próprio campo e, sem nenhuma inspiração do meio para frente, teve pouquíssimas chances de gol.

Poderíamos ter ganho da Ponte mesmo jogando com o time reserva e respeitamos o Flamengo em demasia, até mais do que eles próprios esperavam. Faltou atitude, ousadia e qualidade técnica para que colhêssemos resultados mais convincentes, mesmo com os desfalques importantes de Joel Carli e Pimpão no jogo decisivo de quarta-feira.

Nessa partida, Jair optou por Marcelo e Guilherme seguindo a lógica natural das substituições. Tecnicamente, Marcelo não comprometeu em momento algum da partida e fez uma dupla de excelência com Igor Rabello, mas há de se convir que Carli, mesmo que venha se excedendo em faltas desnecessárias e reclamações sistemáticas contra as arbitragens que lhe acarretaram inúmeras advertências e o tiraram do jogo decisivo desta quarta, é uma liderança respeitável e as coisas poderiam ser diferentes com ele em campo.

Quanto a Guilherme, tive restrições quanto a presença dele no início da partida desempenhando o mesmo papel de Pimpão - acompanhar, sistematicamente, as subidas do lateral adversário - quando tínhamos outros jogadores mais habilitados à função (Gilson, Leandrinho ou João Paulo). Isso tirou do atacante a sua arma principal. Atuar no último terço do campo, partir da intermediária em velocidade, driblar o oponente e tentar o arremate ao gol. Preferia que tivesse entrado no decorrer da partida como elemento capaz de mudar o rumo da partida.

Esforçado, o atacante teve uma atuação discreta na marcação e quase nula nas investidas ao ataque (teve uma chance de gol no comecinho do jogo em cruzamento de Roger mas cabeçou muito mal por cima da trave). Tanto que a jogada do gol rubro-negro saiu por aquele lado, numa combinação do lateral Rodinei com Berrio. Esse posicionamento atrás da linha que divide o campo deixou Roger isolado lá na frente. Caindo pelos lados, o centro-avante teve uma das atuações mais apagadas do ano sem conseguir um único arremate a gol. E olha que os goleiros rubro-negros, Muralha e Thiago, eram reservas que não vinham atuando nas últimas partidas.

O time esteve desequilibrado em suas linhas, com atuações individuais abaixo do esperado. É o caso do lateral Luis Ricardo que, apático nos 90 minutos, conseguiu ser peça nula no ataque e displicente ao extremo na marcação. Para completar o desequilíbrio do time pelos flancos, Bruno Silva não reeditou as suas melhores atuações e foi pouco efetivo no ataque. Victor Luis ia muito bem no duelo com Berrio até levar um drible desconcertante do atacante colombiano no lance que originou o gol único da partida, aos 25 minutos da etapa complementar.

Lindoso e Matheus tiveram atuações discretas. O último ainda tentou algumas investidas ao ataque mas, duramente marcado pelos adversários, deixou a partida com o tornozelo inchado em entrada criminosa de Cuéllar que o árbitro da partida preferiu ignorar. João Paulo foi outro que esteve muito apagado e sua presença quase não foi notada pela torcida. Passando apuros no final da partida, Jair apelou para a entrada de Leandrinho e Gilson que em nada mudaram a postura e determinação time na busca pelo empate que lhe daria a classificação. Haja paciência para absorver essa eliminação


Tabela atualizada após a 20a. rodada. Com a vitória sobre o 
Grêmio, o Botafogo soma 28 pontos, na 8a. posição. 
(Arte: SporTV
No Brasileirão, o time vai trilhando o caminho que lhe é possível na busca por posições mais próximas do G-6. Agora, fora da Copa, Jair deverá utilizar o time reserva apenas nas semanas que antecederem os jogos da Liberta e voltar a concentrar forças no Brasileiro.

Com a derrota para a Ponte em Campinas, o Botafogo permaneceu com 28 pontos e caiu da 8a. para a 10a. colocação, se posicionando a dois pontos do Cruzeiro (30), último colocado do G-6.

O aproveitamento que era de 46% caiu para 44,4%, abaixo do esperado mesmo considerando que o time lutava em três frentes de disputa simultaneamente. Agora são sete vitórias (cinco em casa e duas fora), sete empates (dois em casa e cinco fora) e sete derrotas (três em casa e quatro fora) em 21 jogos.

Ainda de ressaca com a derrota que interrompeu o sonho de conquista da Copa do Brasil - o Botafogo perdeu o título em 1999 numa disputa com o Juventude-RS e caiu nas semifinais em 2007, 2008 e 2017 -, nesta sexta-feira o time voltou a treinar em campo visando o jogo contra o Bahia pelo Campeonato Brasileiro, às 16h de domingo, em Salvador.

Sem poder contar com Matheus Fernandes e Guilherme que deixaram o jogo de quarta-feira com problemas de tornozelo, Jair ganha boas opções com as voltas de Carli e Pimpão além de Marcos Vinícius e Brenner que, ao lado de Léo Valencia (suspenso e fora do jogo contra o Bahia), não estavam inscritos na Copa do Brasil. O time deve ser definido neste sábado num treino-apronto antes da viagem para Salvador.

De qualquer forma poderemos ver em campo: Gatito Fernandez (Jefferson), Arnaldo, Carli, Igor Rabello e Victor Luis; Lindoso, Bruno Silva, João Paulo e Leandrinho (Marcos Vinícius); Rodrigo Pimpão e Roger (Brenner).


Veja a maratona de jogos cumpridos em agosto em três competições:

02/08 - CAMPEONATO BRASILEIRO (21:45)
BOT 1×2 PAL

06/08 - CAMPEONATO BRASILEIRO (16:00)
CRU 0×0 BOT

10/08 - TAÇA LIBERTADORES (19:15)
BOT 2×0 NAC

13/08 - CAMPEONATO BRASILEIRO (19:00)
BOT 1×0 GRE

16/08 - COPA DO BRASIL (21:45)
BOT 0×0 FLA

20/08 - CAMPEONATO BRASILEIRO (11:00)
PON 2×1 BOT

23/08 - COPA DO BRASIL (21:45)
FLA 1×0 BOT

27/08 - CAMPEONATO BRASILEIRO (16:00)
BAH   ×  BOT


Clique e veja a tabela completa com todas as rodadas até o fim do Brasileirão: TABELA DO BRASILEIRÃO 2017 (JOGOS DO BOTAFOGO)


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