sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Botafogo bate o Olimpia, abre vantagem e segue treinando forte para a batalha de Asunção




Predestinado, Rodrigo Pimpão volta a fazer o gol
 decisivo, dessa vez, de bicicleta
Depois da vitória suada por 1 a 0 sobre o Olímpia, no primeiro jogo da disputa por vaga no Grupo 1 da Libertadores, os jogadores do Botafogo se reapresentaram na tarde de quinta-feira, no campo anexo do Estádio Nilton Santos, para atividades de regeneração para quem jogou ontem e treino com bola para os demais, tudo visando o confronto contra o Boavista, em Bacaxá.

O grupo voltou às atividades hoje, pela manhã, no mesmo local, com trabalhos com bola para aqueles que devem integrar a equipe que entra em campo no domingo (17h) pelo Campeonato Carioca, enquanto os titulares fizeram um trabalho leve de aquecimento e em seguida foram liberados para atividades na academia.

O Alvinegro está fora da disputa pelo título da Taça Guanabara (1o. turno do campeonato) mas precisa acumular pontos para a sequência da competição. É certo que o técnico Jair Ventura preserve a maioria dos titulares para a partida de volta, contra o Olímpia, no Defensores del Chaco e utilize os reservas no jogo pelo Estadual.

Assim como na disputa contra o Colo-Colo, quando vencemos em casa por 2 a 1 e passamos à terceira fase da competição, o Botafogo joga pelo empate na casa do adversário para chegar, agora, à fase de grupos. Dessa vez, a vantagem conseguida com a vitória por 1 a 0 sobre o Olímpia é um pouco mais confortável do que a primeira já que, além do empate, a situação ficaria mais favorável ao Alvinegro no caso de marcarmos gols na casa do adversário.

Nosso desejo como torcedor, conforme escrevemos no post de pré-jogo (veja: Blog do FelipaoBfr: Chegou o dia. Que venha o Olímpia: o Botafogo está...), era que o time escalado por Jair mostrasse a mesma determinação e disciplina tática daquele que, mesmo desfalcado, voltou do Chile classificado e encheu de orgulho o torcedor alvinegro, e foi isso que aconteceu mesmo com as dificuldades criadas pelos adversários.


Torcida faz festa no Nilton Santos saudando a
entrada dos jogadores em campo com um
mosaico majestoso (Internet)
Como esperado, o time paraguaio não se intimidou, mostrou força e dificultou as coisas para o Glorioso. Incentivados pela torcida (que mais uma vez se fez presente com uma festa memorável no Niltão) e com uma formação mais ofensiva do que a habitual (com Camilo, Montillo, Roger e Pimpão à frente de Bruno Silva e Airton), começamos a pressionar o adversário desde o começo em busca do gol que nos desse a tranquilidade esperada.

Ia tudo muito bem no plano de jogo até que Montilllo sentiu uma contusão e teve que ser substituído por João Paulo antes mesmo dos 15 minutos da partida. Daí pra frente tudo mudou. Houve trocas de função e posicionamento entre os jogadores do meio pra frente e o time demorou a se reencontrar em campo. O jogo ficou pesado com muitas faltas e o árbitro, confuso, danou a distribuir cartões. Numa dessas, o lateral Jonas foi premiado com um amarelo (o terceiro na competição)  e fica de fora do próximo compromisso, em Assunção.

O gol salvador saiu quando já eram decorridos 37 minutos. O próprio Jonas cobrou lateral para o centro da área procurando Roger que dividiu com a zaga pelo alto. A bola sobrou para Rodrigo Pimpão que, de bicicleta, mandou a pelota no canto esquerdo de Azcona. O Niltão foi ao delírio e fomos para o intervalo com a vantagem no placar.


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No segundo tempo o Botafogo voltou com Guilherme na vaga de Bruno Silva que sentiu a coxa e preocupa para o jogo em Assunção. Essa modificação ousada de Jair causou apreensão na torcida e não trouxe o efeito desejado pelo técnico já que o atacante, diferentemente das oportunidades anteriores, não foi bem e desperdiçou, por ansiedade e precipitação, a maioria das jogadas de contra-ataque.

Por sua vez, o Olímpia veio pra cima em busca do empate usando a melhor de suas características: o trabalho da bola pelas laterais para o cruzamento alto no meio da área. Só que os paraguaios encontraram pela frente uma dupla de zaga consistente e bem plantada na área como a muito não se via. Marcelo e Emerson Silva foram soberanos nos desarmes e num ou outro descompasso entre eles, Helton Leite apareceu determinado para afastar o perigo. Nem mesmo a entrada do veterano Roque Santacruz no comando do ataque paraguaio foi o bastante para tirar a nossa vantagem.

A essa altura, o jogo ficou aberto com chances de gol para os dois lados. A sensação era de que, com um pouco mais de calma e inteligência de nossos homens de frente, poderíamos ter ampliado o placar e a vantagem no segundo tempo.

Cabe registrar que o arbitro ignorou três lances de pênaltis reclamados pelos alvinegros. Dois no primeiro tempo, quando o atacante Roger foi empurrado acintosamente dentro da área ao subir para escorar um cruzamento e outro, quando foi seguro pela camisa e impedido de cabecear a bola na cobrança de escanteio. Já no fim do jogo, Guilherme foi lançado na área, ganhou do seu marcador na corrida e foi derrubado pelo zagueiro quando ia cruzar a bola. Vida que segue: isso é Libertadores, dizem os entendidos!


Mosaico | Botafogo x Olimpia (Botafogo TV)



Para a segunda e decisiva partida em Assunção, Jonas está suspenso; Montillo, com uma lesão na panturrilha direita, não deve se recuperar a tempo; Bruno Silva, com dores musculares na coxa direita, será avaliado no transcorrer da semana e; Gatito Fernández, que já não atuou na quarta-feira por conta de um desconforto na coxa esquerda, tem poucas chances para o segundo confronto.

Já o zagueiro Joel Carli, que ficou no banco contra o Olímpia e deve fazer a sua primeira partida no ano contra o Boavista no domingo, pode ganhar uma chance entre os titulares caso Jair queira mexer no esquema defensivo (o que não acredito).

Essas situações adversas, em sua maioria, são consequências da disputa de duas competições simultâneas em curto espaço de tempo quando o time ainda está sendo formado e o preparo físico dos atletas estão aquém das condições ideais de disputa.

Mais uma vez, Ventura terá que quebrar a cabeça para montar a equipe já que não consegue repetir uma escalação desde o primeiro jogo da temporada. O mais cotado para o lugar de Jonas é o jovem e inexperiente Marcinho que teve chances no Carioca mas oscilou muito. A outra opção seria improvisar o zagueiro Emerson Santos que já atuou nessa posição. Mas o jogador continua treinando em separado e não foi escalado em nenhuma partida esse ano.

Para o lugar de Montillo, João Paulo parece ser o escolhido. O jogador passou parte da pré-temporada contundido mas vem entrando no decorrer das partidas e parece mais bem ambientado com o time. Já para o lugar de Bruno Silva, temos o garoto Matheus Fernandes que, com personalidade, foi bem em todas as oportunidades que teve. Porém, os veteranos Dudu Cearense e Rodrigo Lindoso, que não foram relacionados para o primeiro jogo, devem ser convocados para o próximo, com maiores chances para Lindoso já que precisamos de maior consistência na proteção à zaga.

Helton Leite foi muito bem no jogo de quarta e parece ter a preferência de Jair também para o segundo jogo mesmo que Gatito Fernández seja liberado para treinamentos na semana. Jefferson voltou a treinar leve com o grupo e tem volta prevista para o início do Campeonato Brasileiro, em maio.

Por hora é isso. Vamos aguardar a definição do time que enfrenta o Boavista, domingo, para uma melhor avaliação dos suplentes e acompanhar a evolução do estado clínico dos contundidos para a definição do grupo que viaja ao Paraguai para o jogo decisivo.


Saudações a todos e fiquem à vontade para comentar.

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